Topo

"Cowboy" afasta retorno aos pesos leves enquanto agradar patrão Dana White

William Lucas/Inovafoto
Imagem: William Lucas/Inovafoto

22/02/2017 08h00

Depois de fazer sua estreia no UFC em 2015 como peso-leve (70 kg), Alex Oliveira encontrou na necessidade do evento em cobrir buracos de última hora nos cards e na possibilidade de retornar a sua divisão de origem, a dos meio-médios (77 kg), a chance de aceitar duelos sem aviso prévio. E, com apenas uma derrota nas sete lutas que fez após seu debute, fica a dúvida se realmente é necessário um camp completo e se ele precisa voltar a baixar de categoria. Mas, enquanto estiver agradando o presidente do UFC, Dana White, esses questionamentos seguirão sem respostas.

Afinal, depois de retornar com vitórias aos leves em outubro passado, Cowboy viu na dificuldade do corte de peso – o lutador não bateu o limite de sua categoria – o alerta de que seu corpo não se sente tão confortável como antigamente para perder quilos. Com isso em mente, Alex afirmou, em conversa com a reportagem da Ag. Fight, que gosta de atuar nos leves pois encontra adversários que são, em muitos casos, mais fracos e mais baixos. No entanto, ele próprio reconheceu o esforço para cravar os 70 kg.

“Eu já estava acostumado a lutar nessa categoria. Antes de mudar para o UFC, lutava com 77 kg. Aí quando cheguei no UFC, baixei de categoria. Com certeza, é bom para c*** lutar nos pesos leves. Você é bem mais forte que o seu adversário, bem mais alto, tem uma envergadura maior. É bom. Mas eu sofro muito para bater o peso. A gente viaja muito, então, a gente sente muito a mudança de peso. Mas também me sinto bem lutando na categoria dos meio-médios. Claro que encontro adversários mais altos e mais fortes, mas eu também fico forte nessa divisão. Por enquanto, vou me manter nessa categoria. Até agora ninguém reclamou, Dana White não falou nada, então vamos seguir caindo na porrada”, declarou.

Conhecido por aceitar lutas em cima da hora, Cowboy garantiu que o pouco tempo de preparação que teve para alguns duelos não atrapalhou suas atuações. Pelo contrário. De acordo com o carioca de Três Rios, existe até uma certa adrenalina quando recebe a notícia de que subirá no octógono em poucos dias.

“Comigo foi sempre assim, pegar a luta em cima da hora. Meu mestre sempre me ensinou que nós temos que estar sempre preparados porque a oportunidade é uma só. Em momento nenhum eu fui atrapalhado por ter pego lutas em cima da hora. Estou sempre pronto e sempre treinando e tem aquela adrenalina de receber um telefonema e descobrir que você vai lutar em um ou dois dias, ou uma ou duas semanas. Então, estou sempre preparado, focado e treinado. Quando chega perto da luta eu apenas aumento os treinos para ter um rendimento melhor”, contou.

Prestes a enfrentar Tim Means no UFC Fight Night 106, evento que será realizado no próximo dia 11 de março em Fortaleza, Oliveira festejou a oportunidade de lutar no seu país novamente. A última apresentação do Cowboy no Brasil aconteceu em novembro de 2015, quando ele nocauteou o polonês Piotr Hallmann.

“Com certeza. Lutar lá fora é bom – ano passado fiz todas minhas quatro lutas no exterior. Mas lutar no Brasil é melhor ainda. Poder lutar em casa, com seus amigos e seus fãs mais perto, deixa tudo mais gostoso. Vou dar um gás a mais. Eu espero que essa luta entre para a história”, afirmou.

Alex "Cowboy" e Tim Means se enfrentaram no último dia 30 de dezembro, mas o duelo acabou encerrado antes do tempo e ficou sem resultado depois que o americano acertou joelhadas ilegais no brasileiro. Resta saber quem levará a melhor no tira-teima.