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Baixinho e tranquilão! Sem esteriótipo de lutador, Rani promete busca por nocaute em Fortaleza

08/03/2017 14h23

A voz mansa, o porte físico pequeno e o estilo pacato de Rani Yahya escondem seu potencial. Apesar de não lembrar nem de longe o esteriótipo de lutador, o brasiliense é faixa-preta de jiu-jitsu, campeão do ADCC e dono de um currículo de 32 combates de MMA, o que não apenas lhe garante respeito no octógono, mas que também carrega uma curiosidade: a falta de nocautes.

Apesar de experiente, Rani sempre deixou sua habilidade na luta agarrada ditar o ritmo de suas lutas. Mas aos 32 anos e com 11 apresentações no UFC, o brasileiro parece disposto a colocar um ponto final nessa sequência e finalmente anotar seu primeiro nocaute na carreira.

“Eu sempre opto pela luta de chão, mas estou pronto para nocautear. Adoro luta em pé e treino até mais do que luta de chão. Já nocauteei em luta de muay thai e boxe que já fiz… Mas no MMA é possível que aconteça essa vez. Sei que é uma luta que tende a ir para o chão, mas eu quero nocautear ou finalizar”, narrou em conversa com a reportagem da Ag. Fight no hall do hotel em que está hospedado em Fortaleza, cidade em que se apresenta no octógono do UFC neste sábado (11).

Sem chamar atenção, o sempre quieto peso-pena (66 kg) aproveitou para analisar o seu próprio perfil enquanto se ajeitava na poltrona em que sentava. Afinal, Rani é quase uma unanimidade quando o assunto é fugir dos padrões do mundo da luta, fato que ele credita pela elevada carga de treinamentos. Afinal, quanto mais se desgasta nos tatames, menos energia sobra fora da academia.

“Tem gente que fala sobre isso, não só pelo meu porte físico. Às vezes pela tonalidade da voz e tranquilidade. Mas, na verdade, a maior parte dos lutadores é assim. O pessoal tem a impressão que somos mais energéticos, mas acho que a luta deixa a gente mais tranquilo. A filosofia da arte marcial é mais ou menos essa”, narrou em lógica própria.

Mas apesar da fama de ‘fora do padrão’, Rani terá que mostrar toda sua agressividade diante de Joe Soto. O rival, que também vem embalado por vitórias, é outro atleta especialista em luta de chão, o que pode abrir caminho para o tão desejado nocaute do brasileiro.

“Pretendo nocautear o Joe Soto. ele é um cara bom no chão e em pé, mas ele se expõe bastante em pé e tenho ferramentas para explorar”, prometeu.