Sozinho e pensativo: como foi a volta de Vitor Belfort para casa
Antes de se acomodar em sua poltrona, a segunda depois de onde ficam as saídas de emergência da aeronave, Vitor esteve na cabine do piloto. “Ele disse que era meu fã, pediu para bater uma foto comigo e mostrar algumas coisas dali”, explicou. No rosto, um curativo na altura do supercílio esquerdo e o olho levemente inchado são marcas do nocaute que culminou na sua terceira derrota seguida dentro do Ultimate.
Sozinho, Belfort garantiu que o planejamento já era deixar a cidade onde aconteceu a luta logo no dia seguinte para ver a família. A saudade dos filhos e da esposa estava grande demais por conta dos cerca de dois meses de preparação intensa para o combate. “É triste. Meus filhos tinham certeza … Eu treinei tanto. Eu estava tão bem. Essa luta escorregou das minhas mãos”, lamentou. Morando na Flórida, nos Estados Unidos, Vitor teve que deixar o Nordeste para ir a São Paulo, de onde partiu o seu voo para Miami: “Isso é uma loucura”, comentou sobre o caminho torto que estava fazendo.
A conversa com Belfort começou ainda no corredor do avião. Assim que avistado, o atleta já passou a falar da luta e mostrar toda a sua chateação com o revés em casa. Termos como “bipolaridade ao lutar” e constatações de que sua carreira realmente está chegando ao fim foram recorrentes durante o bate-papo. A única chance de o Fenômeno não abandonar o octógono seria com a criação daquilo que ele defende e chama de ‘Liga das Lendas’, que reuniria atletas já aposentados ou com idades avançadas e próximos da aposentadoria.
“O esporte ficou muito físico. Esses jovens estão vindo com tudo. Quando você vai ficando mais velho, pode continuar na ativa, mas com algumas restrições, tirando o cotovelo, tirando o joelho, enfim…”, explicava o lutador quando foi interrompido para que um sanduíche de peito de peru e queijo branco fosse servido. O pedido de bebida foi para uma “Coca com muito gelo e água”.
Belfort não saiu do seu lugar durante toda a duração do voo. Assuntos como Donald Trump, torcidas organizadas, jornalismo e até mesmo uma suposta ligação entre PT e Farc também foram tratados por cima. Quando terminou seu sanduíche, Vitor chamou a comissária de bordo e pediu mais um. “Pô, está gostoso isso. Quer mais um também?”, perguntou.
Assim que o avião pousou, Belfort ignorou o aviso para esperar a aeronave parar completamente e rapidamente ligou o celular. A primeira mensagem era de Joana. Provavelmente ela queria dar e ter novidades do marido, mas o repórter já havia sido indelicado demais para também querer saber mais sobre esse assunto…
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