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Wanderlei Silva aprova "liga das lendas" e manda recado para Chael Sonnen

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Imagem: Reprodução

02/05/2017 09h00

 

Wanderlei Silva irá liderar o card mais importante da história do Bellator em junho e, de quebra, finalmente ficará frente a frente com o rival Chael Sonnen em um cage de MMA. O combate, apesar de não valer um cinturão, será o último da noite e colocará três disputas de título como coadjuvantes para o evento preparado na cidade de Nova York (EUA), dinâmica esta que vai de encontro ao atual cenário em que o esporte se encontra.

Incapaz de produzir grandes ídolos na mesma velocidade em que arrebata fãs ao redor do globo, o MMA ainda vê em seus veteranos parte importante do seu poder de gerar receita, mesmo que muitos deles já não sonhem com um cinturão ou não estejam aptos a protagonizarem mais do que duas lutas por ano. Com isso em mente, Vitor Belfort revelou seu desejo de criar uma ‘liga das lendas’, uma espécie de divisão master no esporte. Ideia que já ganha adeptos.

“Uma ‘liga de lendas’, de lutadores da nossa idade, acima dos 40 anos, é muito interessante. De repente com round um pouco menor e intervalo um pouquinho maior. Tem muitos caras bons que poderiam fazer nosso esporte crescer. Excelente ideia,muito bom para os fãs poderem ver ao vivo aqueles que nunca puderam. Tive a honra de ver Royce Gracie contra o Ken Shamrock ao vivo. As vezes o pessoal preza muito pela qualidade da luta, mas mais importante do que isso é fazer parte da historia”, narrou, ciente de seu papel na construção do esporte, o veterano em conversa com a reportagem da Ag. Fight.

Deixando de lado o sonho de trilhar um caminho rumo ao cinturão, o ‘Cachorro Louco’ já tem três nomes em mente para depois de sua luta contra Sonnen. Quinton ‘Rampage’, Dan Henderson e Vitor Belfort, todos ex-rivais com quem já mediu forças seja no Pride ou no UFC. Curiosamente, enquanto o primeiro dos americanos subiu para o peso-pesados e Hendo se aposentou, o compatriota Belfort já declarou que fará sua última apresentação no UFC também em junho e depois irá pendurar as luvas. Nada, porém, que pareça abalar a confiança do curitibano de que as revanches possam acontecer.

“Essas três lutas são o tipo de luta que gostaria de fazer. Caras renomados, lutas que vão ter audiência… E fazer clássico. Não tem o clássico de antigamente que todo mundo parava para ver. É essa luta que quero fazer, lutas especiais, galáticas. Já lutei com ele, mas ficou uma coisa assim. Tenho uma historia com cada um deles”, relembrou em discurso ameno e um tato saudosista, que só muda de tom quando Chael Sonnen é o assunto.

Ainda em 2014, quando comandavam a terceira temporada do reality show TUF (The Ultimate Fighter) Brasil, os lutadores, que já protagonizavam famosa rivalidade, chegaram a brigar durante as gravações do programa, o que tornou o clima entre eles insuportável. Como, por sinal, pôde ser visto durante a coletiva de imprensa para anúncio do show, que foi marcada pelas provocações do americano e pela falta de paciência de Wanderlei, que sequer viajou aos EUA e acompanhou tudo via teleconferência.

“O sentimento é o mesmo, a rivalidade continua mais forte do que nunca. É uma das únicas lutas que gostaria de ter feito e não fiz. Estou muito feliz de fazer essa luta e, mais do que isso, acertar essa bronca que tenho com esse cara. Ainda bem que não fui na coletiva de imprensa. estou focado e a próxima vez que vir ele vai ser para meter a mão na cara dele. Não gosto dessa coisa de um fala daqui e o outro dali. Igual Aldo e o McGregor. Não sei como o Aldo conseguiu se controlar. Comigo não tem essa, se vier falar besteiras eu meto a mão na cara mesmo”, finalizou.