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De campeã mundial de MMA amador à promessa do UFC; conheça Amanda Ribas

Amanda Ribas - Reprodução/Facebook
Amanda Ribas Imagem: Reprodução/Facebook

Ag. Fight

08/06/2017 08h00

Em pouco menos de três anos, Amanda Ribas deixou de ser a promissora campeã mundial de MMA amador em 2014 para uma contratada do UFC. Com duelo marcado para o dia 7 de julho, em Las Vegas (EUA), palco de sua estreia no esporte, a mineira de sotaque carregado e sorriso fácil contou com uma pitada de sorte para fazer uma preparação de luxo para o desafio contra a compatriota Ju Thai.

Após anotar seis triunfos em sete apresentações como profissional no Brasil, Amanda encontrou com veteranos do esporte em diferentes ocasiões que lhe recomendaram treinar nos EUA. E, curiosamente, tanto Carlão Barreto como Rodrigo ‘Minotauro’, renomados ex-lutadores e amigos de longa data do head coach da America Top Team ‘Conan’ Silveira, a indicaram para treinar no time composto pelas campeãs Amanda Nunes e Joanna Jedrzejczyk.

"Aqui é todo mundo muito unido. Achei que teria trote, porque é academia, né? Coisa de raspar sobrancelha, carregar mala. Mas não teve nada. Tudo super tranquilo desde o início", narrou durante conversa com a reportagem da Ag. Fight garantindo aclimatação total aos novos treinos que realiza desde fevereiro.

"Vim para treinar primeiro, e aí fui ficando. Estávamos tentando outras lutas, mas elas sempre caíam de última hora. Até que chegou o UFC. Melhor impossível", revelou, sem esconder a reação ao receber a confirmação de seu empresário de que, as 23 anos, já estava no plantel de contratados do maior show de lutas do mundo.

"O Alex me ligou e disse que o contrato tinha chegado. Aí eu chorei, né? Porque é o começo da realização de um sonho. Liguei para o meu pai, contei e todos pararam na academia e choraram também. Vim de uma cidade pequena e para mim é uma superação. Ali no sul de Minas a gente pensa que não é nem vista. Conseguir assinar com o UFC acaba sendo um exemplo para o pessoal. A primeira coisa que eu fiz foi chorar muito", garantiu, se divertindo.

De fato, Amanda nasceu encaminhada para o esporte. Desde pequena, a filha do mestre Marcelo Ribas treina jiu-jitsu e muay thai, além de judo, modalidade em que chegou a levar mais a sério a ponto de fazer parte da seleção nacional juvenil. No entanto, as lesões que a afastaram dos tatames por um breve período também lhe deram tempo para refletir e enxergar nos treinos de suas amigas a oportunidade de estrear no MMA amador.

"Nasci no tatame. Para mim foi tranquilo. Teve uma época que eu parei de fazer jiu-jitsu para fazer dança. O meu pai queria morrer. Aí voltei para o judô para melhorar meu jiu-jitsu, fui para a seleção brasileira, fui morar fora… Mas sofri duas cirurgias no joelho e me desanimou bastante. Tive que voltar para Varginha e foi um baque muito grande. Não queria mais saber de luta. A minha vida era treinar e machucar. Mas aí eu vi o pessoal treinando para o torneio armador de MMA e me motivou", relembrou, apontando para o torneio realizado em julho de 2014, em Las Vegas, e que serviu como estreia na modalidade, aos 20 anos.

Com mais experiência, ela também aproveitou a oportunidade de ser sparring da companheira de time Jessica Aguilar para sua luta no UFC Dallas, em maio, para pela primeira vez ter acesso interno aos bastidores do show. E ali, vendo a rotina da empresa, que repete à exaustão treinos abertos, media days e pesagens, Amanda garantiu que viu seu futuro. E para lembrá-la constantemente, basta olhar para os parceiros de time, dentre eles a campeã Joanna.

"Agora ela está de férias, não está aqui, mas é muita inspiração. Mesmo quando eu não estava treinando com ela, é de se inspirar. Porque eu olho para ela e vejo que dá para chegar. E não é só ela. Eu olho para o lado e vejo um campeão do UFC, olho para o outro e vejo um campeão do Bellator. A Amanda Nunes também me ajuda muito. É sensacional", narrou, com a emoção e empolgação que apenas uma iniciante pode ter. E a julgar por este início, o futuro promete ainda mais surpresas agradáveis.