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Luta com Aldo e ser 'Muhammad Ali do MMA'; promessa mexicana revela metas

AP Photo/John Locher
Imagem: AP Photo/John Locher

Ag. Fight

27/06/2017 16h05

 

O momento de Yair Rodriguez no UFC pode não ser dos melhores. No entanto, nem mesmo a contundente derrota para Frankie Edgar, que interrompeu sua série de seis triunfos no octógono, acalma os ânimos do jovem de 24 anos, que garante ter planos mais ambiciosos do que se pode esperar dele.

Depois de ver seu status de promessa do MMA ser convertido à de realidade no octógono, o atleta mexicano se apresentou no card do UFC 211, em maio passado, de olho em uma chance de disputar o título dos pesos-penas (66 kg) na sequência. Esperança esta que foi freada pelo nocaute anotado por Frankie Edgar no segundo assalto, lutador que dominou a disputa desde os segundos iniciais. Resultado, porém, que não parece afetar a confiança de Yair.

"Eu aprendi muitas coisas. Lutei contra um dos melhores lutadores do mundo, com muito mais experiência do que eu. Com um background impressionante, e com um nível bastante elevado. Acho que absorvi coisas boas dessa luta para a minha carreira. Me ajudou a ver alguns pontos importantes que eu não estava vendo. Agora eu preciso trabalhar. Aquela noite me deu experiência", afirmou o atleta em conversa exclusiva por telefone com a reportagem da Ag. Fight.

"Houve falhas técnicas minhas. Eu teria gostado de trabalhar um pouco mais… Como parar de ser coloca na grade. No final, ele foi superior a mim. Este é o esporte, é um jogo de estratégia".

Depois de vencer diversos adversários, incluindo um nocaute contundente sobre BJ Penn, pode-se dizer que o mexicano havia ganho o direito de enfrentar os melhores de sua categoria. E, deixando de lado as críticas sobre o nível técnico dos atletas que havia vencido, Yair se preparou para enfrentar o segundo colocado do ranking oficial do UFC.

"Se você me disser que em uma semana luto pelo cinturão, eu luto. Ninguém queria lutar contra Frankie Edgar, apesar dele ser um lutador de qualidade, e não me interessam essas coisas. Eu estou no esporte para deixar um legado, sou um guerreiro mexicano e eu estou aqui para enfrentar os melhores do mundo. Eu não vim para a empresa para menos. Acho que os adversários que tenho enfrentado são os melhores do mundo. Contra o Frankie Edgar, eu não perder nada. Ganhei muita experiência. Não importa como você cai, se você cair sete vezes, levante-se oito", analisou o confiante lutador.

Um mês após o revés, Rodriguez viu a derrota do então campeão José Aldo para Max Holloway, o que automaticamente colocou Frankie Edgar como principal nome para enfrentar o havaiano. Desta forma, não é nenhuma surpresa pensar que o mexicano gostaria de medir forças contra o ex-número um.

"Ficaria feliz em lutar com o José Aldo, ele já lutou com o Frankie Edgar. Eu não tenho preferidos para lutar, só quero o cinturão. Não tenho nada contra ninguém em particular. Gostaria de lutar contra uma lenda como José Aldo, seria muito bom para mim. É experiência. Também seria interessante por ser uma luta entre strikers", narrou antes de garantir que a repercussão no México seria grande.

"Seria uma luta muito atrativa para nós e para todo o mundo. Creio que todos no mundo conhecem o José Aldo. No México ele é muito querido".

Muhammad Ali do MMA

Con 24 anos, recorde de dez vitórias e apenas duas derrotas na carreira, Yair Rodriguez é um dos nomes de maior visibilidade no UFC atualmente em sua categoria. Atual número sete do ranking, o atleta é visto pelo evento como uma das grandes figuras capazes de popularizar o MMA ainda mais na América Latina. Ciente da situação, o atleta garante orgulho pela posição que ocupa, mas deixa claro que seu objetivo não é dos mais simples.

"É uma oportunidade muito grande para mim. Aceito com muito orgulho. Quer ser um representante do esporte no México e da América Latina. Quero ser um representante mundial. Quero ser o Muhammad Ali das artes marciais mistas. Sei que vai ser um processo grande, mas penso que é possível com as coisas seguindo bem – como estão indo até o momento. Não é nenhuma pressão representar a América Latina. Pelo contrário, é um orgulho porque sinto o carinho e o apoio de toda gente que me escreve", analisou.