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'Capoeira' rejeita rótulo de promessa e admite trash talking para crescer no UFC

Ag. Fight

30/06/2017 09h00

Elizeu 'Capoeira' busca sua terceira vitória no Ultimate – Marcel Alcântara

Embalado pelas duas vitórias consecutivas que conquistou em seus combates mais recentes no Ultimate, Elizeu ‘Capoeira’ retornará ao octógono mais famoso do mundo no UFC Long Island, evento que será realizado no estado de Nova York (EUA) no próximo dia 22 de julho, quando enfrentará Lymon Good, americano que foi ex-campeão do Bellator. E em meio a sua empreitada rumo ao topo da divisão dos meio-médios (77 kg), o curitibano rejeitou o rótulo de promessa e de quebra ainda ressaltou a necessidade de ser vendável nos tempos atuais.

Aos 30 anos de idade, o atleta da equipe ‘CM System’ sabe que chamar a atenção fora dos octógonos é importante tanto no aspecto do aumento da visibilidade, assim como no que se refere ao retorno financeiro. Contudo, ainda que reconheça a relevância de se promover através da oratória, Capoeira fez questão de ressaltar a necessidade de manter os pés no chão e saber o momento certo de usar o trash talking - o que, na opinião, foi bem feito por Conor McGregor em sua ascensão meteórica no UFC.

“Eu não sou uma promessa porque tudo que é promessa acaba cedo. Meu trabalho é consistente, mas primeiro tenho que mostrar meu trabalho. Vou apenas para minha quarta luta no UFC. O McGregor é  hoje com todo esse trabalho , mas ele veio de eventos. Dentro do UFC mesmo ele veio de lutas importantes, aí só depois da quarta ou quinta que ele começou a ser o personagem. Tudo tem a sua hora e a forma de chegar”, ponderou o brasileiro em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight.

“Com certeza , é preciso ser vendável. Mas é o que digo toda hora, por que você vai vender antes da hora? Isso que acontece com as promessas, elas falam demais. Tudo tem sua hora, e precisa ser feito de forma que não se perca”, concluiu.

O primeiro combate de Elizeu pela companhia foi no UFC Brasília em 2015, mas o resultado não foi o que esperava e ele viu sua sequência de quatro vitórias no MMA terminar. Desde então, o brasileiro realizou dois combates nos Estados Unidos, e foi justamente aí que ele reencontrou o caminho das vitórias. Dessa vez, a luta será em Nova York, uma das principais cidades do mundo, e o meio-médio não escondeu a empolgação em competir pela primeira vez lá.

“É como eu estava falando com os meus técnicos, é algo que vai ficar na história. Las Vegas é a capital do MMA, e Nova York a do boxe, então só do MMA estar entrando é para ficar na história. Será um grande prazer lutar em Nova York. Podemos dizer que é a capital do mundo, né. Uma cidade grande para caramba, então será um grande privilégio poder lutar lá. Lutar lá com certeza é importante para a visibilidade, lutar fora do Brasil dá uma visibilidade muito boa. Lá  tem esse diferencial, os olhos do mundo vão estar todos voltados para lá”, analisou.

Além de espantar o rótulo de promessa e externar o entusiasmo em fazer sua estreia no estado de Nova York, Capoeira explicou que pretende ganhar seu espaço luta após luta no UFC. Primeiro, ele almeja figurar entre os 15 melhores da divisão, depois se firmar nessa posição, e, por último mas não menos importante, finalmente receber a oportunidade de disputar o cinturão dos meio-médios.

“Minha meta no momento é vencer essa próxima luta, e aí sim, depois, estar mirando o top 15. Aí depois que chegar no top 15 vai ser uma questão de oportunidade até disputar cinturão. Será um trabalho degrau por degrau. Eu faço um planejamento, mas a grande questão é que estou há sete meses parado. Tive uma lesão na mão, recuperei rápido e o UFC não conseguiu me botar para lutar na sequência. Nem sempre sai da maneira que a gente espera. Acredito que em um ano e meio já consiga estar bem ranqueado aí no UFC. O cinturão é o objetivo, é o topo, o ápice. Tudo tem sua hora, é questão de oportunidade e trabalhar duro agora”, completou.