Tanquinho usa folga no UFC para retornar aos torneios de jiu-jitsu
Vindo de derrota para Aljamain Sterling em abril, Tanquinho aproveitou a proximidade do ADCC (maior torneio de luta agarrada do mundo, programado para setembro na Finlândia) para garantir participação em um GP de jiu-jitsu na Rússia, ainda em julho.
"É uma organização chamada ACB, da Rússia. É do mesmo dono de evento de MMA, ele é faixa marrom de jiu-jitsu. Lutei dois anos atrás em uma superluta lá na Rússia. Venci e como eles fazem eventos de lutas casadas e agora tem o GP, me chamaram. Será um GP com oito atletas", disse, empolgado, durante conversa com a reportagem da Ag. Fight.
O torneio, por sinal, representará o retorno de Leo Vieira aos tatames. Multicampeão de jiu-jitsu e submission, o veterano líder da equipe CheckMat fará frente aos jovens nomes do esporte e já garante atenção não apenas dos fãs, mas também dos competidores. Como é o caso do próprio Tanquinho.
"O Leozinho confirmou, vai ser muito bom. É um prazer talvez lutar com ele. Admiro muito, cresci vendo ele lutar. É um cara que me inspirou muito. Ter a chance de lutar com o Leozinho não é todo dia, e não deve se repetir, acredito. Quando cheguei na preta ele já não lutava tanto. Nunca nos esbarramos, nem mesmo no ADCC", afirmou, entregando a diferença de sete anos entre os atletas.
Mirando um retorno aos cages no final do ano, o brasileiro garantiu que não perdeu foco em sua carreira nas artes marciais mistas. E, por causa disso, ele segue treinando muay thai, boxe e wrestling mesmo durante os preparativos para o torneio do dia 16 de julho.
"Continuo treinando jiu-jitsu o tempo inteiro. Treino com o pessoal da minha equipe que tem lutado os campeonatos…. Nesse tempo que eu foquei no MMA eu ainda fiz superlutas de jiu-jitsu, não baixei o nível. A única unica coisa que muda é que no camp para MMA eu diminuo os treinos de jiu-jitsu, o que eu não vou fazer agora. Farei meus treinos normais para o MMA, mas não puxo tanto na parte em pé", detalhou, antes de analisar sua última luta no octógono e garantir que o topo das artes marciais nunca deixou de ser uma meta.
"Talvez eu pequei na preparação. Ficamos no clinche, no wrestling, e não estávamos esperando isso. Não fiz tanto no camp, acho que pode ter sido o erro. Mas é um cara duríssimo, faltou pouco de experiência para render melhor. É levantar a cabeça e continuar os treinos. Estou no caminho certo. Vou mostrar que posso chegar e vencer um monte de cara".
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