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Werdum se isola da família antes de luta e monta 'Big Brother' em Las Vegas; entenda

Ag. Fight

05/07/2017 12h00

Werdum é o atual primeiro colocado na divisão dos pesados do UFC- Florian Sädler

Ex-campeão do UFC e dono de diversos títulos de jiu-jitsu e submission, Fabrício Werdum carrega experiência de sobra para o capítulo final da trilogia que protagonizará com Alistair Overeem neste sábado (8). Perto de completar 40 anos, o peso-pesado gaúcho segue a risca o modelo de preparação que já se mostrou eficaz nos momentos mais importantes de sua carreira. E isso inclui até mesmo se isolar de sua família.

A idea é relativamente simples. Com o foco total na disputa do UFC 213, Werdum deixou sua casa em Los Angeles (EUA) e partiu para Las Vegas duas semanas antes do duelo acompanhado apenas de parceiros de treinos. Lá, o veterano alugou uma casa para dividir com os membros de seu time e facilitar seu acesso a novas instalações de primeiro mundo que o evento proporciona aos atletas.

“Está um Big Brother . Só tem a equipe lá. Temos o campeão de sinuca, o campeão de ping pong e o campeão de play station. Eu sou o campeão do play station só ”, brincou durante conversa com a reportagem da Ag. Fight. “Cheguei aqui faz uma semana. Realmente fez grande diferença, é muito bom. A estrutura daqui é excelente. Tem massagem, tem tudo o que imaginar. É de outro mundo mesmo. Vim um pouco antes para ficar acostumado. Fiz isso quando lutei com o Velasquez e com o Mark Hunt. É importante vir só a equipe e focar em comer e treinar. Já estou pronto”.

Com uma casa grande à disposição e próximo ao centro de treinamento do UFC, Werdum, que conta com a companhia de nove colegas de equipe, terá que lidar com a saudade das filhas e da esposa. Cronograma que, de acordo com o atleta, faz a diferença na reta final de preparação para a disputa.

“Aqui é só a equipe. Normalmente, minha esposa fica em casa e nem vê a luta. Ela não é muito de olhar. Eu não trago a família porque não é momento família. É concentração, é trabalho. Minha mulher sabe muito bem isso e sempre me deixou tranquilo. Tem lutador que leva mulher, mas acho que atrapalha. Tem que dar atenção para família e as vezes perde o foco”, narrou.

Brincalhão como de costume, o peso-pesado muda um pouco o tom para falar do adversário. A proximidade do confronto aumenta a seriedade e garante do atleta uma análise mais estudada do oponente holandês, contra quem ostenta um placar empatado em 1 a 1.

“Ele é do K-1, da luta em pé. Eu, falando de mim, melhorei muito em pé. Não vi ele mudando muito. Vejo com o mesmo jogo de sempre. dá para ver que eu mudei na parte de wrestling, em pé… Mas somos veteranos, faz a diferença ter mais paciência. Saber a hora certa de nocautear e finalizar. Ele sempre cansa muito, e eu sou o contrário. Começo devagar e tenho meu ritmo. Quanto mais tempo eu fico melhor”.