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Perto de cinturão do UFC, Cris Cyborg abre portas para se apresentar na WWE

AP Photo/Eraldo Peres
Imagem: AP Photo/Eraldo Peres

Ag. Fight

19/07/2017 07h00

 

Cris "Cyborg" tem compromisso marcado com Tonya Evinger no próximo dia 29 de julho, na California (EUA), quando disputará o cinturão dos pesos-penas (66 kg) do UFC. De olho no título do maior evento de MMA do mundo, a brasileira também já pensa em novos passos de sua carreira, inclusive alguns fora do octógono.

Morando nos EUA há quase dez anos, Cris identificou na WWE (maior empresa de telecatch americano) uma oportunidade de abrir seus horizontes. A tática, por sinal, já foi usada por feras da luta como Ronda Rousey e Floyd Maywather, que em busca de novos fãs, fizeram breves atuações na liga de lutas ensaiadas.

"A WWE tem muitos fãs, eles dominam ali. Acontecendo isso, vão migrar muitos fãs para o MMA . Do MMA para a WWE, eles sabem que não é luta como a nossa. Mas é show, eles gostam de assistir e acho que abre portas para outros lutadores. Assim como o McGregor está abrindo portas no boxe. Acho que abriria portas. A Ronda esteve lá, acho que abriria portas para termos outras coisas, sim", disse durante conversa com jornalistas brasileiros na última terça-feira (18) via vídeo conferência.

O pedido da atleta não é inédito. Através de suas redes sociais, Cyborg deixou claro algumas vezes a sua intenção de ampliar seu nome no mercado americano. E o momento é propício. Afinal, com as derrotas e o seguido afastamento de Ronda do UFC, a vaga de rosto mais famoso do esporte está vago. Mesmo que, em um primeiro momento, não pareça ser parte da ambição da brasileira.

"O MMA feminino não pode ter um rosto apenas, tem várias atletas no evento. Fizeram a Ronda ser o rosto, e quando perdeu duas e não quis voltar, fico sem rosto. E o rosto são todas as meninas que lutam. Não é apenas um. Quando vou lutar, eu vou representar todas as mulheres", disse, dando ênfase em sua voz.

Escalada para enfrentar Tonya Evinger, a brasileira viu uma novela envolver seu nome até a confirmação do evento. No ano passado, Cris testou positivo para um exame antidoping, o que a retirou da disputa inicial pelo cinturão de sua categoria. Meses depois, inocentada e livre para competir, faltou rival disposta a enfrentá-la.

Enquanto Germaine de Randaime, peso-galo que subiu de peso e se tornou campeã ao bater Holly Holm em fevereiro, se recusou a enfrentá-la e acabou com o cinturão cassado, Megan Anderson, atleta "importada" do Invicta FC, terminou por ser retirada do card semanas antes do UFC 214. Ambas foram criticadas por Cyborg.