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Rani Yahya critica árbitro do UFC México: "Demorou muito para interromper"

Ag. Fight

06/08/2017 13h05

Rani Yahya acumula cinco vitórias em seus últimos seis combates – Felipe Castello Branco

Único representante brasileiro a competir no UFC México, evento realizado no último sábado (5), Rani Yahya se apresentou de forma irretocável e conquistou uma vitória fulminante por finalização sobre Henrique Briones com menos de dois minutos de luta. No entanto, assim que teve a oportunidade de analisar a disputa, o especialista no jiu-jitsu fez questão de levantar uma polêmica: a de que o árbitro deveria ter interrompido antes o duelo. 

Em conversa com jornalistas após sua vitória, Rani garantiu que havia percebido o ajuste do golpe desde o primeiro momento em que aplicou sua segunda tentativa de finalização na luta – dessa vez uma kimura -, porque seu adversário logo acusou o golpe. De acordo com o brasileiro, o mexicano se contorceu bastante até Kevin MacDonald, o árbitro central responsável por mediar a disputa, interromper. E esse cenário, de acordo com o especialista na arte suave, poderia ter sido responsável por lesionar seu adversário. 

“Sim , é uma da minhas posições favoritas. Foi a segunda vez que usei esse golpe no UFC, a primeira foi há três anos contra o Johnny Bedford. Senti quando o golpe pegou, percebi que ele estava se contorcendo e acho que o árbitro demorou muito para interromper”, analisou o brasileiro. 

Antes de encaixar a finalização que levaria seu oponente à desistência, Rani já havia tentando um golpe caracterizado por ser uma de suas especialidades no jiu-jitsu: o estrangulamento na posição de norte-sul. Contudo, o mexicano conseguiu escapar da investida, e isso chamou a atenção inclusive do brasileiro, que logo na sequência emendaria a kimura responsável por encerrar o duelo. 

“Ninguém escapa daquela posição contra mim, e ele conseguiu. Fiquei muito surpreso por ele ter defendido, ele estava escorregadio. Se você analisar as minhas outras lutas, costumo gastar toda minha energia para finalizar, e isso me fazia ficar exausto. Conan  falou muito comigo sobre isso, para saber quando largar, principalmente por causa da altitude. Ele conseguiu se defender, mais aí, finalmente, consegui a kimura”, relembrou. 

Ainda no octógono, assim que o resultado oficial foi anunciado pelo locutor, Rani surpreendeu ao fazer um pedido no mínimo pouco convencional. Ao contrário da maioria dos atletas que aproveitam a oportunidade com o microfone para se promover ou pedir por adversários em específico, o brasileiro fugiu do padrão e solicitou uma luta no Japão. E a razão para isso, de acordo com o peso-galo (61 kg), é relação estreita que alimenta com o país asiático. 

“Qualquer um faz sentido para mim , só quero lutar no Japão porque faz parte da minha carreira. Lutei lá sete vezes e já enfrentei 10 japoneses na minha carreira. Gostaria de lutar na Ásia, seria uma boa oportunidade para mim. Acho que Sean conseguirá uma luta para mim, e, caso não, falarei com meu treinador sobre ”, completou.