A superluta de boxe entre Floyd Mayweather Jr. e Conor McGregor, realizada no último dia 26 de agosto, terminou no décimo round com vitória por nocaute do americano. No entanto, muita gente enxergou a interrupção do árbitro Robert Byrd prematura e criticou sua conduta, como a ex-campeã mundial de boxe e do UFC, Holly Holm. Mas, para o médico Darragh O'Carroll, o juiz tomou a decisão correta.
Durante anos a profissão de O'Carrolll foi estar ao lado de ringues ao redor do mundo para manter a saúde dos atletas livre de ameaças. Por isso, o doutor foi procurado pela 'Vice' para avaliar se Conor McGregor poderia aguentar mais golpes de Mayweather. A opinião do especialista foi bem clara e direta, aprovando a decisão do juiz central.
"O cálculo do Byrd para interromper a lutar não foi baseado em sinais de fadiga, mas sim em sinais de possíveis danos cerebrais. Ataxia, ou perda de equilíbrio e tontura, é uma das marcas da concussão, um tipo de trauma leve no cérebro. A fadiga pode causar movimentos lentos, mas não causa a falta de equilíbrio e a falta de coordenação exibida por McGregor no décimo round. Deixar um lutador continuar nessas condições seria totalmente negligente", afirmou o médico especialista.
Após a luta, o próprio McGregor chegou a dizer que gostaria que a luta continuasse por mais tempo. Mayweather foi declarado vencedor no décimo round, quando encaixou mais uma boa sequência de golpes em seu oponente e viu o irlandês ficar visivelmente abalado. Muitos discordaram da ação do árbitro porque o campeão dos leves (70 Kg) do UFC não chegou a beijar a lona.
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