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Shevchenko provoca Amanda Nunes: "Não acredito nessa história de sinusite"

Amanda Nunes e Valentina Shevchenko se enfrentarão no UFC 215 - Divulgação/UFC
Amanda Nunes e Valentina Shevchenko se enfrentarão no UFC 215 Imagem: Divulgação/UFC

Ag. Fight

06/09/2017 06h00

Tudo funcionou para Valentina Shevchenko. A atleta da categoria peso-galo (61 kg) nascida no Quirguistão não encerrou o "Capítulo Amanda Nunes" em sua carreira há dois meses. Esta foi a data em que 'Bullet' enfrentaria a campeã da categoria no UFC 213, antes da brasileira cancelar a luta no último minuto alegando motivos de saúde.

Pelo menos, essa foi a razão que a equipe de Amanda deu. No entanto, Shevchenko não aceitou a desculpa. "Se eu acredito (no motivo de Nunes ter cancelado a luta)? Não", Shevchenko respondeu aos repórteres durante uma coletiva de imprensa realizada em Las Vegas (EUA). "Eu não acredito nessa história de sinusite e essas coisas. Eu simplesmente não acredito. O verdadeiro motivo para ela ter pulado fora, eu acho, foi que ela perdeu muito peso em 24 horas e estava se sentindo fraca. É o verdadeiro motivo", afirmou a lutadora.

Apesar de, na época do cancelamento do combate, parecer que a atleta estava com bastante raiva e frustrada com a sua oponente, Shevchenko garantiu não carregar mágoas em relação à Nunes. "Não estou brava com ela, porque ela é minha adversária e eu preciso passar por ela, e nada mais. E esse sentimento (de raiva) não é bom para a luta. Eu sei exatamente o que eu preciso fazer durante o combate, e para fazer as coisas acontecerem eu preciso ter a mente fria", alegou.

"Eu nunca me encontro com as minhas adversárias antes, porque, para mim, ela é minha adversária. É como se fosse um único obstáculo no meu caminho, antes de atingir meu objetivo que é o cinturão. Como eu posso ficar com raiva? Não, eu não posso ter raiva, porque eu foco na minha luta. E para a luta, Eu preciso ter a minha mente muito, muito fria, para poder tomar as decisões certas".

Com essa mente fria, a especialista em muay thai acredita que pode, de fato, tomar as decisões corretas para evitar o mesmo resultado de um ano e meio atrás. Quando as duas lutadoras se encontraram no UFC 196, em março de 2016,Shevchenko sobreviveu a dois duros rounds, até conseguir levar a melhor no terceiro round, o que, no entanto, não foi suficiente para convencer os juízes laterais naquela noite. Agora com cinco rounds, o plano da lutadora de 29 anos para esta semana, em Edmonton (Canadá), é finalizar de alguma forma o co-main event do UFC 215.

"É difícil dizer se é melhor ou pior", Shevchenko afirmou quando foi perguntada se tinha algum ponto positivo no fato dela ter mais tempo para se preparar para a disputa do cinturão, depois de ter tido dois meses. De acordo com a atleta do leste europeu, ela descansou por uma semana para se recuperar do treinamento no camp antes de, lentamente, engatar na preparação para a luta no próximo dia 9.

"Para mim, não tem nenhum motivo para me preocupar ou para pensar sobre isso, porque a única coisa que eu tenho certeza é estar ótima para essa luta e para terminar a luta e para fazer um excelente trabalho no octógono". Para ser capaz de fazer isso, é preciso deixar as mágoas do lado de fora quando ela pisar no octógono. Esse é o motivo de sua irritação a respeito de como as coisas aconteceram em julho. Durante a "Semana Internacional de Luta", Shevchenko prometeu que ela se manteria focada na sua verdadeira missão.

"Foi difícil acreditar, muito difícil de acreditar que (com o adiamento para um tempo tão curto) está acontecendo nesse nível de competição. Mas, quando você começa a refletir, você passa muito tempo pensando 'eu estou tão brava' ou algo do tipo. Não é bom para a lutadora, não é bom para qualquer pessoa. Então, eu simplesmente coloco a minha mente no dia 9 e começo a me preparar para o dia 9".