'Caiu para cima!' Amanda herda main-event para encerrar de vez rivalidade com Valentina
Após uma sucessão de fatos surpreendentes, Amanda Nunes vs Valentina Shevchenko será de fato a luta principal do UFC 215 neste sábado (9), posto este que era destinado anteriormente à disputa de cinturão dos pesos-moscas (57 kg) entre Demetrious Johnson e Ray Borg. No entanto, após passar mal e ser vetado pela equipe médica do evento, Borg abriu caminho para que a brasileira causasse calafrios em Dana White.
Afinal, o presidente do evento havia declarado publicamente que não confiava mais em Amanda e que ela jamais voltaria a liderar algum card do da organização depois dela ter se retirado do UFC 213, no início de julho, alegando sofrer de sinusite. Na ocasião, a equipe médica do torneio examinou a campeã dos galos (61 kg) em três oportunidades e a liberou para competir.
Passado o período de críticas, Amanda preferiu ficar reclusa, evitou conversas com a imprensa e se limitou a treinar. Depois de acatar sem problemas ser a coadjuvante da noite e fazer o co-main event, a brasileira, porém, acordou na última sexta-feira com a "promoção" no peito, posição que lhe cai muito bem.
Até porque, Amanda é mais pesada e atrai mais público do que o campeão dos moscas, além de ter liderado o card dos dois últimos eventos em que participou. No UFC 200, em julho de 2016, a baiana encarou Miesha Tate e ocupou a vaga deixada pelo doping de Jon Jones. No show de número 207, em dezembro, o nocaute aplicado em Ronda Rousey vendeu mais de um milhão de pay-per-views, meta alcançada por poucos atletas na história da organização.
Com a devida luta principal no lugar que lhe é de direito, Amanda e Valentina carregam rivalidade de sobra para a disputa. Se no primeiro encontro entre eles a brasileira venceu por decisão unânime, desde então provocações e alfinetadas, e até mesmo uma mistura de soco com empurrão desferido pela campeã, movimentaram o noticiário do MMA feminino.
Nada mais justo, porém, que elas liderem o card pouco estrelado a ser realizado na cidade de Edmond, no Canadá. Como diz o ditado, o UFC 215 "caiu para cima".
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