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Depois de enfrentar lesões, brasileira garante o melhor de sua forma para estreia no UFC

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

06/10/2017 06h00

Agendada para fazer sua primeira luta no UFC no próximo sábado (7), em Las Vegas (EUA), Poliana Botelho precisou enfrentar lesões e trocar de categoria antes de subir no octógono. A mineira foi campeã da divisão peso-mosca (57 kg) no XFC, em 2015, e assinou com a maior organização de MMA no ano seguinte. Contudo, as dificuldades para superar as contusões adiaram a estreia da atleta.

Além de precisar vencer a sua adversária, Pearl Gonzalez, a brasileira enfrentará a falta de ritmo por não fazer uma luta oficial desde setembro de 2015. Contudo, Poliana garantiu que aproveitou esse tempo para treinar ainda mais forte e que está preparada para o desafio. Em entrevista exclusiva para a Ag. Fight, a estreante afirmou que tem a sua estratégia muito bem definida para o UFC 216.

"Eu lesionei o ombro, depois eu quebrei a mão, depois eu re-fraturei a mão no mesmo lugar. Então eu fiquei esse tempo parada por conta dessas lesões", lembrou a lutadora.

"Minha falta de ritmo é só de entrada, porque o meu treinamento foi muito mais forte. Só treinando, treinando, treinando. Eu sou uma atleta que eu não tenho hábito de ficar descansando, tirar uma semana, eu descanso no treino mesmo. Eu chego na academia para treinar, para me dedicar ao meu esporte que eu escolhi para minha vida, para minha carreira, é o meu futuro. Então, eu vou entrar lá por mais que eu esteja um tempo parada, eu sei o que eu vou fazer lá dentro".

Poliana ainda precisará lidar com a mudança de categoria. Habituada a competir com 57 kg, a ausência da divisão no UFC fez com que a atleta necessitasse mudar para o peso-palha (52 kg). Porém, mesmo com dificuldades para baixar de peso, a mineira se sente bem e ainda vai avaliar se retornará para o peso-mosca, após a inauguração da categoria na organização.

"A minha categoria de fato seria a 57 kg, mas eu estou me sentindo tão bem na perda de peso, estou me sentindo tranquila e depois dessa luta eu vou decidir se eu subo, se eu desço, se eu me mantenho na minha categoria, a 57 kg, ou se eu me mantenho na 52 kg", explicou a atleta.

Poliana assinou com o UFC no ano passado e a organização marcou a estreia da mineira logo para dezembro contra Valerie Letourneau. No entanto, a sequência de lesões fez com que a atleta precisasse cancelar o confronto. Passado este período e perto de pisar pela primeira vez no octógono mais famoso do mundo, a brasileira garante que ainda não considerou a importância desse passo na sua carreira.

"Eu falo que a minha preocupação é por partes. Preocupação com o treinamento, depois com o peso e depois com a luta em si. Sempre focando no combate. Eu estou na parte do peso ainda, porque é uma categoria abaixo da que eu estou acostumada a lutar, então eu estou bem focada no peso. Acho que depois que eu pesar que eu vou começar a pensar e não vou deixar de lado as estratégias que foram feitas para essa luta", contou a mineira.

"Foi o melhor camp da minha vida, foi a melhor parte em questão mental e fisicamente. Eu nunca tive com o corpo tão forte como eu tenho me sentido e com a cabeça tão boa. Estou muito preparada para sábado, tudo o que eu tinha que ter feito já foi feito. Então é só entrar lá e fazer o meu trabalho da melhor maneira. A Pearl é uma lutadora rápida, uma lutadora de trocação, mas como todo mundo sabe ela vai manter a luta agarrada, então eu vou manter distância e vou ficar em pé", finalizou Poliana.

Além da mineira, o UFC 216 terá Fabrício Werdum e Kalindra Faria representando o Brasil no evento. O show ainda terá a disputa de dois cinturões: Tony Ferguson e Kevin Lee se enfrentarão pelo título interino da divisão peso-leve (70 kg), e Demetrious Johnson vai defender o seu posto como campeão dos moscas (57 kg) pela 11ª vez consecutiva.