Ofuscado por tragédia em Las Vegas, UFC 216 luta para não ser esquecido
A tragédia que vitimou 58 pessoas no último domingo (1º) em Las Vegas (EUA) tomou conta do noticiário mundial e fez com que os moradores da cidade americana ganhassem mensagens e homenagens das mais diversas. No entanto, talvez com a intenção de fazer com quem a vida seguisse, o UFC não adotou o luto e manteve sua agenda completa para a semana do evento programado para este sábado. E tal postura exige o árduo desafio de fazer com que este show não fique esquecido por completo.
Com interação mínima dos fãs durante as atividades semanais, como treino aberto e pesagem, o evento de número 216, programado para o ginásio T-Mobile Arena, que fica a cerca de 3 km do local onde um atirador abriu fogo contra milhares de pessoas durante um festival de música, contará com duas disputas de título.
No entanto, mesmo em uma "situação normal", o card com Tony Ferguson vs Kevin Lee como atração principal, seguido de Demetrious Johnson vs Ray Borg como co-main event, já não seria dos mais atrativos. Dito isso, a ideia de manter o evento foi arriscada e ao mesmo tempo corajosa, como ficou claro pela postura dos próprios atletas.
Sem clima para grandes promoções, os discursos foram mais amenos do que os de costume e muitos dos lutadores passaram grande parte de suas entrevistas relatando como lidaram com o fato de terem que competir menos de uma semana após o maior atentado a tiros da história dos EUA. E esse cenário transformou o UFC 216 em um evento sem apelo.
No lugar de garantir ansiedade e expectativas por grandes confrontos, o card gera mais perguntas sobre como e porque ele será realizado. E, ao que tudo indica, ele será marcado justamente por ter saído do papel no pior local e momento possível, e não pelo que de fato seus astros podem protagonizar dentro do octógono.
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