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Werdum explica por que mudou de ideia sobre lutar no UFC Austrália

Diego Ribas
Imagem: Diego Ribas

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

11/10/2017 15h50

No início desta semana, o Ultimate surpreendeu ao retirar Mark Hunt da luta principal do UFC Austrália, marcado para dia 19 de novembro, e colocar Fabrício Werdum em seu lugar para encarar Martin Tybura. E essa dança das cadeiras se torna ainda mais intrigante se lembrarmos que o brasileiro havia negado enfrentar o neozelandês justamente no mesmo card marcado para o Oceania.

Dentre as justificativas de Werdum para não querer lutar na Austrália estavam o alto custo para se fazer o camp e a viagem desgastante para um país tão longe de onde ele mora, nos Estados Unidos. Então por que aceitar substituir o neozelandês? A Ag. Fight questionou o gaúcho sobre o tema.

"Achava que era muito gasto, mas a proposta foi muito boa. Vai ser tranquilo, poderei ir dez dias antes da luta. Estou decidindo entre dez e 15 dias para poder ter essa tranquilidade e o fazer resto do camp lá para estar 100% adaptado. Falei que não gostaria realmente (de lutar longe) e vou tentar lutar as próximas vezes perto de casa. Lutar em Las Vegas, Los Angeles ou por perto para poder voltar para casa. Isso não tem preço. Parece uma coisa simples, mas é importante", afirmou Werdum.

O brasileiro vem de vitória diante de Walt Harris no UFC 216, realizado no último sábado (7), em Las Vegas. O ex-campeão dos pesado enfrentaria Dereck Lewis, mas seu oponente passou mal horas antes o duelo e cedeu lugar ao americano. Com duas vitórias e duas derrotas nas últimas quatro lutas e ocupando a segunda colocação no ranking da categoria, o gaúcho acredita que com mais um resultado positivo ele já possa voltar a reivindicar o título.

"Depois dessa luta eu vou esperar pelo cinturão. Aí sim eu vou esperar. Será o momento certo. Estarei ali tipo stand-by só esperando. Quando acontecer a possibilidade posso enfrentar o Stipe Miocic ou o Francis ou o Overrem. Quem for o campeão. Quero estar preparado para em qualquer situação poder lutar", garantiu.

Mesmo sabendo há pouco mais de um dia que irá encarar o polonês, Werdum parece já ter analisado seu futuro oponente em outras ocasiões. Especialista em jiu-jitsu, o brasileiro acredita que a luta pode se desenhar no chão.

"Tybura é um cara pesado, que gosta de fazer chão, gosta de ficar por baixo, fazer guarda... Acho um cara bem bom e teremos uma boa luta de jiu-jitsu ou em pé. Às vezes dois caras bons de jiu-jitsu acabam fazendo a luta em pé. Mas acredito que é um cara bom, está entre os dez melhores, está vindo de três vitórias e mais uma vez vou mostrar que estou preparado para o cinturão. Sem subestimar ninguém, mas vou fazer a coisa certa para poder chegar onde eu quero".