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'Carcacinha' assume rótulo de promessa do MMA brasileiro: "Reconhecimento"

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

02/11/2017 08h00

Prestes a voltar ao octógono no UFC 217, evento que acontecerá neste sábado (4), em Nova York (EUA), Ricardo Ramos, também conhecido como 'Carcacinha', se prepara para realizar a sua segunda luta pela maior organização de MMA do mundo. Aos 22 anos, o lutador resolveu assumir de vez título de "promessa brasileira" e não se sente pressionado ao carregar essa responsabilidade no cage.

Carcacinha será o responsável por abrir a edição de número 217 do show, pela divisão peso-galo (61 kg), em duelo contra Aiemann Zahabi. Apesar de fugir do rótulo de "futuro do Brasil" nas artes marciais mistas, ele garante que a posição de promessa serve como uma motivação extra para os seus treinamentos e para quando está no octógono, como contou em entrevista exclusiva para a Ag. Fight.

"Eu gosto de ser considerado uma promessa e isso me motiva mesmo, então, eu acho que esse rótulo é legal, porque é mais um reconhecimento para mim. Então, é uma coisa que me motiva bastante", explicou o lutador.

"Isso não é nenhuma pressão não. Eu vejo isso como uma motivação, eu já vi várias matérias falando: 'Ele é o futuro do Brasil' e eu costumo falar que eu não sou o futuro, eu sou o presente. Eu luto pelo Brasil agora, então eu estou representando o Brasil agora. E isso para mim traz muita satisfação e motivação para treinar. Me faz querer entrar lá e dar o meu melhor, porque é isso que eu gosto de fazer".

Mesmo em uma divisão repleta de atletas brasileiros, Carcacinha assegurou que não se intimida com os grandes nomes que pode enfrentar no futuro, mesmo que sejam lutadores que defendem a mesma bandeira. O objetivo da jovem promessa é se tornar o campeão e, para isso, ele se mostrou disposto a enfrentar qualquer um que esteja no seu caminho.

"Eu estou pronto para enfrentar os brasileiros e o meu foco é esse: traçar o caminho para o cinturão, então, se lutar com um cara ranqueado é o que vai me fazer chegar lá, é isso que eu quero na minha carreira. Porque eu não quero ser só mais um na categoria, eu vim para ser o campeão. Nunca é legal lutar com cara do mesmo país, com um cara que defende a mesma bandeira, mas se eu tiver que lutar com alguém, tudo bem. Eu acho que a gente tem que ser profissional, aceitar o desafio e fazer um show lá", garantiu o paulista.

O atleta começou a sua carreira como profissional de MMA aos 16 anos e, apesar da pouca idade, conseguiu construir um cartel quase impecável. Com apenas uma derrota no seu histórico, Carcacinha ressaltou que não se intimida em saber que o seu adversário ainda não foi derrotado. Para o lutador, o canadense Aiemann Zahabi será apenas mais um que perderá a invencibilidade ao enfrentá-lo.

"Acho que isso me coloca um passo a frente. Eu já experimentei a derrota e eu não acho que é uma coisa que pesa na minha carreira. Como profissional, eu já enfrentei diversos adversários que estavam invictos e tirei a invencibilidade de muitos. Então, no sábado, eu vou buscar isso de novo e vou conseguir. Vou chegar lá e tirar a invencibilidade de mais um", provocou o atleta.

Além da luta de Carcacinha, o UFC 217 contará com três defesas de cinturão no card principal. Cody Garbrandt fará sua primeira luta para se manter campeão dos galos contra TJ Dillashaw. Joanna J?drzejczyk enfrentará Rose Namajunas, em sua sexta defesa consecutiva de título da divisão peso-palha feminino (52 kg). E no 'main event' da noite, Michael Bisping irá encarar Georges St-Pierre para se sustentar no posto mais alto da categoria peso-médio (84 kg).