Topo

Rafael 'Sapo' não descarta retorno ao MMA, mas encaminha carreira como empresário

Diego Ribas, em Nova York (EUA)

Ag. Fight

07/11/2017 12h32

No início de outubro, Rafael Natal pegou muita gente se surpresa ao anunciar que estava se aposentando do MMA aos 34 anos de idade. Dono de uma carreira longa e atuando pelo Ultimate desde 2010, 'Sapo' vinha de uma sequência complicada de três derrotas seguidas quando decidiu pendurar as luvas. Mas, como já vimos com muitos outros lutadores, será que essa atitude seria realmente definitiva?

A Ag Fight esteve com Sapo na academia onde treina em Nova York para tirar essa dúvida. E em conversa com a reportagem, o mineiro admitiu que existe uma pequena possibilidade de ainda retornar aos cages, mas acabou revelando uma conversa com Ali Abdel-Aziz, um dos maiores empresários do MMA. Segundo o ex-atleta, o agente fez um convite para que ele trabalhe no ramo o auxiliando com atletas brasileiros.

"Nunca diga nunca . Estamos aí, mas o foco é outro ainda agora. Tive uma conversa com o Ali, que é meu empresário e amigo, e ele falou que precisava de alguém brasileiro principalmente para lidar com brasileiros e ir ao Brasil. Eu sei como a coisa funciona dentro do UFC e outros eventos. Sei como são as coisas com imposto de renda, como trazer lutador para cá em Nova York. Posso ajudar muito os brasileiro. Estou pensando sobre o assunto, não é nada certo. Tenho que pensar, mas está bem encaminhada essa conversa", afirmou Natal.

Com 21 vitórias, nove derrotas e um empate no MMA, Rafael Sapo também fez uma análise sobre sua carreira. Segundo o mineiro, tudo o que estava ao seu alcance foi feito para que ele atingisse o maior nível possível e não existe qualquer tipo de arrependimento, mesmo sem ter chegado ao sonho de se tornar campeão do UFC.

"Fiz tudo o que eu poderia. Não me arrependo de nenhuma escolha. Procurei e tive os melhores treinadores. Não cheguei a ser campeão do UFC porque não tinha que ser. Me dediquei 100%, tive ótimos treinadores. Eu me dediquei para ser campeão, foquei, abri mão de tudo e não mudaria nada. Sou muito satisfeito de onde minha carreira chegou. Fiquei no top 12, com ótimos resultados e lutas com caras duríssimos. Tenho muito orgulho da carreira que tive. Se a gente parar por aqui mesmo, tenho muito orgulho de ter dado alegria ao povo brasileiro. Se não fui campeão não foi por minha culpa ou dos treinadores", refletiu, antes de afirmar que não existe mágoa nenhuma com o Ultimate.

"Só tenho a agradecer o UFC tudo o que fizeram e fazem por mim. Estou fora do UFC e eles me deram ingressos (para o UFC 217) na mesma hora, numa boa. Deu uma saudade, mas não foi aquela saudade. Foi uma saudade boa".

Confira a entrevista na íntegra abaixo ou clique aqui.