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De briga com WSOF a motorista de Uber! Sheymon Moraes estreia no UFC

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

22/11/2017 12h28

Os últimos meses não têm sido fáceis para Sheymon Moares, tido como uma das principais revelações do MMA brasileiro. Após dois anos defendendo a bandeira do WSOF, o atleta se São Gonçalo (RJ) conseguiu o direito de se desvincular do seu antigo contrato e assinou com o UFC, evento em que fará sua estreia neste sábado (25), quando encara o russo Zabit Magomedsharipov, em Xangai (China).

Sem as bolsas que ganhava para se apresentar dentro do cage, Sheymon teve que se virar durante esse período conturbado de sua carreira. Em entrevista à Ag. Fight, o atleta afirmou que chegou até a fazer bico como motorista do aplicativo Lyft, uma espécia de Uber que funciona apenas nos Estados Unidos.

"Foi um período muito difícil. Eu fiz entrega de comida em delivery e também acabei fazendo transporte de passageiros no Lyft, que é tipo um Uber. Na outra organização que eu estava ninguém queria lutar comigo e eu ficava preso por contrato, então eu não podia lutar. Mas isso agora já ficou para trás", relembrou o brasileiro sem querer entrar muito a fundo no assunto.

Aliviado por estar apenas a alguns dias de sua primeira luta no maior torneio de MMA do mundo, Sheymon destacou a grande variedade e quantidade de atletas que o Ultimate possui. Com isso, é mais difícil ficar longos períodos ausente de competição e, consequentemente, com o bolso vazio.

"É uma diferença muito grande para o UFC. Como cada categoria tem muitos atletas, acaba tendo mais variedade. Com mais atletas, mais desafios. E aí você consegue uma quantidade maior de lutas. E isso me motiva, porque é um sinal que só depende de mim para chegar ao topo e eu vou estar preparado para o que der e vier", relatou.

Fazer a sua luta de estreia na China talvez não estivesse nos planos do brasileiro de 27 anos. Mas isso não interfere em nada na felicidade de Sheymon finalmente poder pisar no octógono. E ele promete um grande espetáculo para sábado.

"O que importa é que eu vou lutar, independente do país que seja, do lugar que seja. O nosso trabalho é entreter e dar show para o público, por isso, não faz diferença se for na China, no Japão, no Brasil. O que importa para gente é lutar e interagir com o público e sempre buscar dar um show".

Com nove vitórias e apenas uma derrota na carreira de atleta profissional de MMA, Sheymon terá pela frente um lutador que também vem construindo um cartel impressionante. Magomedsharipov tem 13 triunfos e um revés, além de já ter estreado no Ultimate com vitória em setembro deste ano. Para o brasileiro, quem vencer dará passos importantes na categoria hoje comandada por Max Holloway.

"Quem ganhar essa luta vai ser um dos novos grandes nomes da categoria. Ele é um atleta duro, que tem ótimas qualidades e que vença o melhor. Se Deus quiser, eu que sairei vencedor".