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Mackenzie Dern revela sondagem do UFC e planos para morar no Brasil

Divulgação/War Tribo
Imagem: Divulgação/War Tribo

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

13/12/2017 09h00

 

Nessa sexta-feira (8), a lutadora Mackenzie Dern fez a sua estreia no Invicta FC e garantiu a vitória com uma finalização no terceiro round, em duelo realizado na divisão peso-palha (52 kg). Com o futuro incerto ainda no mundo do MMA, a americana - filha de lutador brasileiro - revelou que tem planos para se mudar para o Brasil e que se sentiria melhor se vivesse e treinasse no Rio de Janeiro, cidade que ganhou um espaço cativo em seu coração.

De acordo com Mackenzie, seu plano sera se mudar do estado americano do Arizona para a "cidade maravilhosa" ainda este ano. No entanto, a atleta passou por cirurgias e contou com alguns imprevistos nesta temporada, o que prejudicou seu planejamento. Com isso, os próximos passos de sua vida se tornaram incertos e a americana ainda não sabe ao certo quando poderá treinar no Brasil em definitivo. Contudo, a lutadora garantiu, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, que ainda pretende fazer essa mudança de ares.

"Agora, o meu foco mudou para uma coisa diferente, eu queria treinar no Brasil, não porque acredito que o treino seja melhor que nos Estados Unidos, mas a minha conexão aqui no Rio é uma coisa que me faz muito feliz. Onde moro, no Arizona, é um deserto. Então, vou da academia para casa e de casa para a academia. É uma coisa muito cansativa, enjoativa... Amo essa cidade maravilhosa, que é o Rio", revelou a americana, que logo após sua vitória sobre Kaline Medeiros viajou para matar a saudade do Brasil.

"Eu saio na rua e tem as minhas amigas, danço, vou para a praia e além disso continuo com o treino. É uma coisa que carrega as minhas energias, me deixa mais livre, é melhor para mim para lutar e treinar. Acho que acaba que às vezes, lá nos Estados Unidos a vida é um pouco diferente. Tenho medo de treinar tão forte e ficar só nesse estilo de vida, e, de repente, em um ano não vou querer nem mais lutar. Não vai ser mais divertido para mim. Quando estou no Rio, essa sensação some. Eu consigo treinar, me divertir e viver uma vida fora da luta. Amo vir para o Rio, ter a minha família, os meus amigos. Acho que essa é a maior conexão que tenho com o Brasil e também os fãs. Tenho muitos fãs no Brasil, a galera me trata muito bem e me sinto bem recebida. É o que faz o Brasil ser melhor ainda".

Para a lutadora, a incerteza sobre o que vai acontecer em seu futuro é o único empecilho no momento para essa mudança se tornar concreta. Profissional no MMA desde julho do ano passado, a atleta sustenta um cartel impecável. Mackenzie não só venceu suas cinco lutas como saiu vitoriosa em três oportunidades por finalização. Performances estas que a americana revelou já terem atraído olhares do UFC, maior evento de lutas do mundo.

"Já teve o contato do meu empresário com o UFC, com várias organizações, na verdade. Mas sim, já temos conversa com o UFC, mas não tem nada confirmado de uma estreia no UFC ainda, mas isso é o máximo que eu posso falar sobre esse assunto. Acho que realmente em breve a gente vai ter uma ideia de quando será minha próxima luta, por qual organização será. E eu estou muito ansiosa para o que vai acontecer em 2018. Por enquanto vou ficar nos Estados Unidos mesmo, porque não sei o que o próximo ano vai oferecer. Se vai ter essa transição para o UFC, então vou ficar nos Estados Unidos, mas sempre que eu puder vou vir para o Brasil. Meu objetivo final é ser campeã do UFC e ser a dona do cinturão", explicou a atleta.

Mackenzie conquistou o seu espaço no MMA graças ao seu jiu-jitsu, que foi fundamental para a construção do seu cartel invicto. Faixa preta na arte marcial brasileira, a americana conquistou medalhas em campeonatos mundiais da modalidade e na edição de 2015 do ADCC - campeonato de submission. Mesmo assim, o que mais chama atenção em suas últimas apresentações é o jogo em pé, cada vez mais agressivo.

"Acho que meu jogo está amadurecendo bastante. Na minha primeira luta, eu não finalizei e nem na minha terceira luta. Estou conseguindo misturar bastante a minha trocação e o meu jiu-jitsu, acho que estou crescendo para caramba como atleta e como lutadora. Estou amadurecendo, minha equipe está me ajudando muito, continuo treinando jiu-jitsu todo dia, assim com a parte em pé. Só tenho a agradecer, porque eu acho que estamos no caminho certo. Pelo que eu sinto, sinto que a cada luta eu estou mais confiante, e isso como atleta, a confiança e a cabeça, é muito importante e faz toda a diferença. Então, se eu continuar assim, com essa confiança toda, e essa cabeça aberta para crescer, eu acho que vai dar tudo certo", finalizou.