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Dirigente do UFC cogita punição mais branda para Jon Jones por doping

Jon Jones comemora vitória em luta do UFC - Hans Gutknecht/AP
Jon Jones comemora vitória em luta do UFC Imagem: Hans Gutknecht/AP

Ag. Fight

04/01/2018 14h04

Depois de ter sido testado positivo em um exame antidoping durante o UFC 214, em julho passado, durante evento realizado na cidade de Anaheim (EUA), Jon Jones aguarda o seu julgamento que pode lhe garantir uma punição de até quatro anos, uma vez que ele é reincidente. Contudo, um dos médicos da maior organização de MMA do mundo garantiu que uma suspensão máxima para 'Bones' não é o ideal, já que o considera de certa forma inocente.

Em entrevista ao podcast 'Joe Rogan Experience', Jeff Novitzky analisou que o americano pode ter sido vítima de uma suplementação contaminada e, por isso, não tinha conhecimento de que estava consumindo uma substância proibida pela USADA (agência de antidopagem americana). Para o vice-presidente de saúde e performances do UFC, Jones, no entanto, agiu de forma imprudente ao aceitar um medicamento com contaminação.

"Não acho necessariamente que dar uma suspensão de quatro anos por uma reincidência seja o certo, já que na primeira vez foi provado que a pessoa não trapaceou intencionalmente. Ele apenas agiu de forma imprudente", opinou Novitzky.

O americano foi testado positivo durante a semana da edição 214, quando enfrentou Daniel Cormier pelo título dos meio-pesados (93 kg), no dia 29 de julho. No octógono, Bones nocauteou 'DC' no terceiro round e reconquistou o cinturão. Contudo, a USADA afirmou que em um teste realizado no dia anterior ao evento o exame de Jones acusou positivo para a substância Turinabol, um esteroide que aumenta o desempenho do atleta.

Desta forma, o resultado do confronto foi anulado e DC voltou a ser o campeão da categoria. Para Novitzky, se Jones tivesse ingerido substâncias ilegais propositalmente, esta não seria a sua escolha. Ele ainda garantiu que o americano foi testado depois do evento e que seus resultados deram negativo.

"Não faria sentido para uma pessoa, um competidor do UFC, especialmente um desafiante ao título, como Jon Jones, que sabia que era testado regularmente no programa. Não faria sentido que essa fosse a sua escolha de drogas, caso decidisse trapacear. Acho que isso fica claro ao analisar que a USADA fez outro teste em Jon Jones um ou dois meses depois do seu fracasso. E foi negativo", analisou o médico do UFC.

"Então, isso indicaria que a substância proibida entrou no seu organismo entre o dia 7 e 8 de julho e era uma quantidade bem pequena, já que ficou limpo rapidamente. Mas quem sabe o que aconteceu? Mas com as circunstâncias atuais, nesse ponto do jogo, com a informação que temos, não indica uso intencional. Isso pode estar errado. Não sei de nada definitivo, mas vamos ver como isso vai se dar".

Sem lutar desde o UFC 214, Jones aguarda o seu julgamento pela Comissão Atlética da Califórnia, que é quem irá decidir a punição do ex-campeão dos meio-pesados. Caso o americano seja considerado culpado e pegue a suspensão máxima, ficará afastado do octógono por quatro anos.