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Thomas Almeida revela lesão antes de luta: "Seria melhor não ter lutado"

Thomas Almeida (esq.) foi derrotado por Jimmie Rivera no UFC Long Island - Ed Mulholland/Getty Images
Thomas Almeida (esq.) foi derrotado por Jimmie Rivera no UFC Long Island Imagem: Ed Mulholland/Getty Images

Felipe Castello Branco, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

18/01/2018 06h00

 

Desde que sofreu a primeira derrota da carreira em maio de 2016 quando foi nocauteado por Cody Garbrandt, Thomas Almeida ainda não conseguiu ter uma sequência de vitórias como antes. É bem verdade que o brasileiro voltou a ter boa atuação logo em sua luta seguinte e nocauteou Albert Morales apenas seis meses depois da derrota. No entanto, em julho passado, o peso-galo (61 kg) voltou a ser superado dentro do cage. Mas, dessa vez, algumas situações externas atrapalharam o atleta, de acordo com o próprio Thomas.

Durante uma conversa com a reportagem da Ag. Fight, o atleta da Chute Boxe São Paulo revelou que sofreu uma lesão no final do seu camp para o duelo contra Jimmie Rivera, realizado no UFC On FOX 25. Apesar de fazer questão de deixar claro que não está dando "desculpas" para a derrota, o brasileiro apontou que talvez fosse melhor não ter lutado lesionado.

"Eu não consegui dar o meu máximo na luta em julho. Não estou dando desculpas, mas eu me machuquei na última semana de camp e por isso não consegui executar tudo o que havia treinado. Pensando agora, talvez fosse melhor não ter subido no octógono. Mas isso é uma situação muito delicada, você tem toda a preparação que fez, você quer se manter ativo. Se eu tivesse vencido não estaria dizendo isso", analisou o atleta, que retorna ao octógono neste sábado (20)contra Rob Font, na primeira edição numerada de um show do UFC na temporada.

"Com certeza empolga mais, sim. É uma oportunidade muito grande lutar em um card numerado com dois cinturões em jogo. Estou muito feliz e motivado para com essa chance. Faz uma diferença, os olhos do mundo estão todos voltados para um grande evento como esse", se empolgou.

Durante os seis meses que se passaram desde a última vez que Thominhas subiu no octógono, muita coisa mudou na divisão dos galos. A começar pela troca de cinturão, que passou de Cody Garbrandt para as mãos do também americano TJ Dillashaw. E, em função disso, o brasileiro exaltou a competitividade na categoria e apontou atletas que, na sua opinião, estão próximos de uma disputa de título.

"Essa é uma das categorias mais disputadas do UFC, por isso é difícil dizer quem será o próximo a disputar o cinturão. É difícil dizer quem vai tirar o cinturão do Dillashaw. Acho que todos ali tem chances de ser campeão. Temos o Raphael Assunção e o Marlon que estão vindo muito bem", afirmou.

Em setembro passado, Thominhas passou algumas semanas treinando na Tailândia. E, pelo visto, a experiência agradou o atleta, que garantiu ter planos para voltar ao país para mais um intercâmbio, mas desta vez acompanhado de toda a sua equipe Chute Boxe.

"A experiência foi muito boa, é um lugar maravilhoso, quero voltar lá. Foi um grande aprendizado, quem sabe na próxima vez eu não levo minha equipe toda comigo. É um lugar muito bonito, onde você consegue passear e treinar ao mesmo tempo. Com certeza pretendo voltar", declarou.

Lutador profissional de MMA desde 2011, Thominhas chegou ao UFC com status de 'promessa'. Aos 26 anos de idade, o brasileiro coleciona na carreira um cartel com 21 vitórias e duas derrotas e busca, diante de Rob Font, voltar a ser cogitado como um dos possíveis desafiantes ao cinturão do evento.