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Neurologista revela que sugeriu adiamento de evento que culminou em morte de lutador português

Ag. Fight

10/02/2018 12h00

Ao que parece, um dos episódios mais tristes na história do MMA poderia ter sido evitado. No dia 9 de abril de 2016, o evento TEF 1 foi realizado em Dublin (Irlanda) e, após ser nocauteado por Charlie Ward, o lutador português João Carvalho veio a falecer depois de ser hospitalizado. E ao que parece, o espetáculo que não contava com medidas de segurança apropriadas para os atletas não foi adiado por decisão dos produtores do show.

De acordo com informações publicadas pelo site 'MMA Fighting', Daniel Healy, neurologista e fundador da Safe MMA Ireland - entidade que visa a proteção dos atletas nas artes marciais mistas no país - participou de um inquérito na última quinta-feira (8) em um Tribunal em Dublin. E, de acordo com o médico, ele chegou a sugerir o adiamento do evento após constatar a falta de segurança do show.

"Três meses antes do evento eu tive uma conversa no telefone com o senhor Cesar Silva. Eu expliquei para ele na época que os padrões do boxe profissional precisavam ser implementados nos eventos de MMA na Irlanda. Tem uma série de emails de janeiro a abril de 2016 - todos os quais eu posso fornecer, se necessário - onde eu expliquei que os padrões do boxe profissional eram requisitados para eventos de MMA na Irlanda. Essa foi a recomendação do Ministro do Esporte. O senhor Silva apontou que a verba para o seu evento era limitada e que os padrões do boxe profissional eram impossíveis. Eu sugeri adiar o evento até que as questões de segurança fossem solucionadas", revelou.

A tragédia marcou a primeira morte oficial ocorrida após um evento profissional de MMA. Carvalho fazia a sua terceira apresentação em um cage de MMA.