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Paulo 'Borrachinha' analisa lesão e promete fazer duas lutas em 2018

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

14/03/2018 18h46

Paulo 'Borrachinha' era a grande atração do card do UFC Atlantic City para os fãs brasileiros. No entanto, uma lesão ocorrida durantes os treinamentos retirou o promissor peso-médio (84 kg) do show e possivelmente impediu sua meta de fazer três lutas na temporada 2018. Mesmo assim, o atleta, menos de 24 horas após o anúncio oficial do seu corte, demonstrou ânimo e otimismo com seus próximos passos.

Durante rápida conversa com a reportagem da Ag. Fight, Borrachinha revelou alguns detalhes de sua lesão e analisou o impacto dela em sua carreira. Por sinal, a contusão, ao contrário do que muitos fãs possam pensar, não foi causada em um treino, mas sim com a sequência de exercícios em cima de uma região que já doía.

"Tive uma ruptura parcial do ligamento tensional braquial do bíceps. É uma inserção, aquela que vai no rádio e no antebraço, perto do cotovelo. Ele se rompeu e deu um edema ósseo. Isso comprometeu 30% da espessura do tendão. Ele foi rompido no treinamento. Eu vinha sentido dor fazia uma semana e, com foco na luta, continuei treinando e a lesão se agravou. Quando a dor ficou muito forte fui fazer exames e constatou a lesão", narrou, garantindo que não existia outra opção a não ser cancelar sua participação no evento.

"A reação foi muito ruim, mas eu já previa pela dor. A gente que é atleta há muitos anos, eu já fiz muitos camps, a gente se conhece bastante. Tinha falado para os treinadores antes do exame que estava complicado. Era uma dor aguda. Faltavam cinco semanas para a luta. Agora era para ser treino de sparring, e não tinha como não usar o braço. Deu uma tristeza por não fazer a luta, mas é tudo no tempo certo", finalizou.

Com o prazo estipulado pelos médicos de seis semanas para tratar o bíceps - não será necessária a realização de uma cirurgia -, Borrachinha já planeja seus próximos passos no evento. No entanto, somado ao período necessário para um novo camp, o peso-médio só estaria apto a retornar ao octógono no segundo semestre deste ano.

"O tratamento dura seis semanas. Depois preciso de oito semanas pra me preparar de novo. Então acredito que em julho ou agosto eu devo voltar a lutar. Ainda não tenho rival em mente. Gostaria muito de enfrentar o Hall. Gostaria que essa luta fosse simplesmente adiada. Mas depende mais dele do que de mim. Estou disposto, tem que ver se ele quer aguardar a minha volta. Acho difícil fazer três lutas no ano, devo lutar no meio do ano e depois fechar com duas", analisou.

Agora com a meta adaptada para duas apresentações na temporada, o atual 14º colocado no ranking oficial deve adiar também o sonho de afivelar o cinturão do UFC. Afinal, com os meses longe do cage e com apenas duas lutas no ano, 2018 tem tudo para não ser o ano da sonhada consagração.

"Tenho plano de chegar ao cinturão, mas não estipulo data. Acho que mais umas três lutas. Mas pode ser que atrase em alguns meses, pode ser dois, três ou cinco...  Mas já me sinto abençoado. sinto que tudo na minha vida acontece na hora que tem que acontecer,na hora certa", finalizou.