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Lyoto enaltece respeito antes de luta de despedida de Belfort: "Uma honra"

Lyoto "The Dragon" Machida durante luta principal contra o americano Eryk "Ya Boi" Anders - Jason Silva/AGIF
Lyoto "The Dragon" Machida durante luta principal contra o americano Eryk "Ya Boi" Anders Imagem: Jason Silva/AGIF

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

20/03/2018 14h24

Aos 39 anos de idade, Lyoto Machida fará sua terceira apresentação no octógono do UFC desde que cumpriu sua suspensão pelo flagra em um exame antidoping. De volta ao Brasil, dessa vez para encarar o compatriota Vitor Belfort, o carateca parece mais confortável em enfrentar o ex-parceiro de treinos do que quando encara falastrões provocadores de outro países. E isso tem um motivo.

Praticante do caratê desde criança, Lyoto aprendeu com seu pai e mestre Yoshizo Machida os princípios fundamentais da arte marcial. E o respeito, como carro-chefe deles, encontrou reciprocidade na postura do veterano carioca - que se aposenta do MMA após a disputa -, o que faz do trabalho de promoção do confronto uma rotina menos árdua para ambos.

"Se essa for a última luta do Vitor mesmo, é uma honra. Ele ajudou a construir o esporte. Fazer parte desse momento é uma honra. Estou treinando bem e quero fazer um excelente camp. Temos tempo hábil para isso. Quando chegar no dia 12 de maio, quero fazer um show. Está sendo bom para todo mundo. Para mim, para ele, para os fãs", narrou o atleta durante coletiva de imprensa realizada na cidade do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (20).

Apesar do rival não comparecer ao evento de lançamento oficial do UFC 224, que será realizado no dia 12 de maio, devido a uma intoxicação alimentar, Lyoto enalteceu as qualidades de seu oponente e em nenhum momento se apontou como favorito para a disputa, embora não esconda que o casamento de estilos deve ser benéfico para ele.

"O Vitor é um cara rápido, gosta de contra golpear rápido. Tem essa arma e se torna perigoso. Quando você bota muita pressão, ele reage rápido e tem que estar apto para receber essa reação. Ele é completo, pode fazer chão, mas ele gosta da luta em pé. É uma luta que casa muito bem para o meu jogo", analisou o veterano.

Aos 39 anos e com apenas uma vitória nas últimas quatros apresentações no octógono, Lyoto foi questionado sobre o seu futuro. Afinal, são poucos os lutadores que se mantém em alto nível nessa idade, e existe uma clara movimentação de atletas veteranos que migram do UFC para outras organizações e ali compõem uma espécie de 'divisão master', como ocorreu no Bellator. Cenário que não parece agradar o carateca.

"Quero ficar no UFC, gosto do UFC, quero trilhar meu caminho aqui. Na verdade, penso em um momento de cada vez. Tenho luta importante contra o Vitor, é o momento mais importante. Lógico que tenho meus objetivos, tenho sonhos e pensamentos, preciso pensar no que fazer. O que importa é essa luta primeiro", finalizou.