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Bethe Correia nega má fase e estuda intercâmbios antes de retorno ao UFC

Holly Holm acerta chute no rosto de Bethe Correia e nocauteia brasileira - AFP PHOTO / ROSLAN RAHMAN
Holly Holm acerta chute no rosto de Bethe Correia e nocauteia brasileira Imagem: AFP PHOTO / ROSLAN RAHMAN

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

11/04/2018 08h00

Sem subir no octógono desde junho de 2017 e com apenas uma vitória em suas últimas apresentações, Bethe Correia vive momento delicado na carreira. No entanto, apesar dos números negativos, a brasileira parece convicta de que não vive uma fase ruim. Para a lutadora, os duelos - todos contra grandes atletas - poderiam ter desfecho diferente em uma revanche.

Durante uma conversa com a reportagem da Ag. Fight, Bethe apontou que aprendeu com os resultados negativos e que ainda pode evoluir bastante o seu jogo. De acordo com a brasileira, suas derrotas foram para lutadoras de grande nome na companhia e isso garante o seu valor no octógono.

"Eu não avalio a minha fase como negativa, não penso dessa forma. Se você for ver, tenho três derrotas e para três grandes atletas, ex-campeãs, pessoas que não serão apenas lutadoras mas mitos na organização. Elas venceram mas, quem sabe, o resultado seria diferente em uma revanche. Sei que ainda posso evoluir muito, sou uma das pioneiras no UFC. Uma das brasileiras que tem mais lutas. Acho que ainda posso mostrar muita coisa. Não vejo meu momento como ruim. Ganhei, perdi, empatei e fiz lutas principais. Nós temos é que representar. Tudo isso que passou de aprendizado, agora preciso focar para a próxima luta e recuperar o tempo que fiquei inativa por conta das lesões", declarou.

Após realizar duas cirurgias próximas - uma em novembro e a outra em fevereiro -, Bethe está retomando os treinamentos e buscando novas experiências. Para a brasileira, parece fundamental realizar intercâmbios e sair da zona de conforto para ter uma grande melhora em seu desempenho.

"Eu cheguei essa semana em Curitiba, vim conhecer. Sempre ouvi dizer que o povo aqui é doente por treino, adora treinar. E é uma cidade fria, então as pessoas se apegam muito aos treinos, principalmente os lutadores que vivem disso. Acho que as vezes você tem que buscar novos ares, buscar um treino diferente. Sair da zona de conforto. Isso só vai trazer coisas positivas para mim", contou, se referindo aos treinos na academia 'CM System', antes de apontar que planeja voltar a lutar no meio do ano.

"Eu penso em voltar em julho. Estou voltando aos treinamentos agora e acho que estão montando o calendário desse período. Da tempo para eu voltar a ter ritmo e me encaixar bem. Estou com muita vontade de voltar a lutar. Meus fãs estão me cobrando muito", afirmou.

Sem nunca ter atuado no UFC em outra categoria que não seja a dos pesos-galos (61 kg), Bethe deixou claro que não passa pela sua cabeça mudar de categoria. De acordo com a brasileira, essa é a categoria onde ela consegue bater bem o peso e se sentir confortável na hora do confronto.

"Eu já bato 61 kg com bastante sofrimento. Acho que você tem que lutar bem e, se você perder muito peso, isso afeta o seu desempenho. Agora, que estou voltando depois de lesões, não é interessante mudar. A minha categoria, de fato, é 61 kg. Essa é a divisão onde consigo bater o peso bem. Baixar mais que isso seria um pouco doloroso. Talvez, a longo prazo, fazendo um longo trabalho, eu conseguiria. Mas não é o caso agora. E eu não sinto diferença de força física entre eu e minhas adversárias", declarou.

Lutadora de MMA desde 2012, Bethe foi perder sua primeira luta três anos depois de sua estreia no esporte, quando encarou Ronda Rousey pelo cinturão dos galos do UFC. Aos 34 anos de idade, a brasileira coleciona na carreira um cartel com 10 vitórias, três derrotas e um empate.