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Promessa brasileira analisa erros no treinamento em primeiras lutas no UFC

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

18/04/2018 14h39

Prestes a voltar ao octógono contra Siyar Bahadurzada no UFC Atlantic City - evento marcado para este sábado (21), nos Estados Unidos -, Luan Chagas luta para reencontrar o caminho de vitórias. Antes de estrear na maior organização de MMA do mundo, 'Tarzan' chegou a acumular nove resultados positivos consecutivos, mas deixou a pressão de estar em uma grande organização afetar seu desempenho. Erro este que o promissor brasileiro de 24 anos promete não deixar mais acontecer.

Nas duas primeiras performances que fez no Ultimate, o peso meio-médio (77 kg) acumulou apenas um empate e uma derrota, e de acordo com Chagas, os resultados foram reflexo da demora em 'cair a ficha' por estar na maior organização de MMA do mundo. Em entrevista exclusiva com a reportagem da Ag. Fight, o faixa-preta de jiu-jitsu garantiu que aprendeu com os seus erros e que terá uma postura diferente contra o afegão.

"Eu treinava como se fosse lutar em eventos nacionais, com atletas nacionais, na minha primeira e na minha segunda luta. Então, tive que passar por essa fase para entender que eu precisava melhorar o meu nível de preparação, melhorar o camp, melhorar o que eu estava fazendo. Porque o UFC é a melhor do mundo. Se você chegar sem estar bem preparado, não vai dar certo. Esses resultados serviram muito para isso, para que eu pudesse ver as minhas falhas táticas, falhas físicas e melhorar. Foi o que eu fiz na minha última luta, fui com uma preparação totalmente diferente. E nessa luta agora, vou estar muito melhor", narrou o atleta.

Apesar de ser um especialista em jiu-jitsu, a estratégia de Chagas na edição do show em Atlantic City é se manter em pé. Mesmo que tenha um kickboxer do outro lado do octógono, o brasileiro garantiu que se arriscará na trocação - o que seria fora da sua zona de conforto. Com a faixa-preta na manga, Tarzan assegurou que não perderá as oportunidades de trabalhar o seu jogo no chão, mas que o seu objetivo é buscar o nocaute.

"A cada luta, procuro melhorar algumas coisas. Como o Syhar é um cara da trocação e venho do jiu-jitsu, a galera acha que vou querer jogar para o chão, já que vou lutar com ele. Tenho melhorado muito a parte de trocação, que é o que vou querer lutar com ele. Estou muito mais forte para essa luta. Acredito que é um dos melhores estilos que dá para casar. Ele é um cara que aceita o jogo de trocação e troca muito, ele aceita lutar em pé, ele quer sair na mão", analisou o brasileiro.

"Não é um cara que fica correndo e isso é muito bom. Porque sou um cara que busco ser muito agressivo na luta. Então, ter dois caras que são muito agressivos na luta, acho que é a combinação perfeita para ser uma lutaça. Vou começar e vou tentar terminar a luta na trocação, vou tentar buscar o nocaute nessa luta. O jiu-jitsu, digamos, será um 'plano B'. Só vou usar caso eu precise. O jiu-jitsu vai ser mais em uma oportunidade de colocar a luta para baixo. A gente treinou muito a parte técnica, de como administrar a luta em pé. Eu vou tentar nocautear ele, e não ao contrário", concluiu.