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Em Vegas, Thomas Almeida cita diferenças entre treinos no Brasil e nos EUA

Thomas Almeida comemora após derrotar Anthony Birchak no UFC São Paulo - Buda Mendes/Getty Images
Thomas Almeida comemora após derrotar Anthony Birchak no UFC São Paulo Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

03/05/2018 09h16

Thomas Almeida chegou há duas semanas nos Estados Unidos, a fim de experimentar uma rotina de treinos diferente da que conhecia na Chute Boxe/Diego Lima, em São Paulo. E tem gostado bastante do que tem visto e vivido por lá. Alternando entre o UFC Performance Institute e a academia Xtreme Couture, o peso-galo (61 kg) comentou, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, as distinções entre os treinamentos realizados no Brasil e em Las Vegas.

Com três derrotas nos últimos quatro combates, 'Thominhas' busca se reinventar. Sair da "zona de conforto", como ele mesmo definiu. E, segundo o brasileiro, uma das coisas que mais lhe chamam a atenção é a forma com que os americanos direcionam os treinos para as situações de luta.

"Uma coisa que eu senti bastante a diferença é que eles fazem tudo focado para o MMA. Tempo, as luvas menores, todos os treinos, mesmo de striking ou grappling... Tudo focado no MMA. O striking é pensado nas quedas, na defesa. E eles fazem muito o que eles chamam de 'drill' aqui, que no Brasil a gente chama de escola de combate: um dos atletas com as luvas de MMA dando na mão do outro, tipo um aparador. É um pouco diferente", falou.

"Estou no processo de adaptação. Treino cada hora com um treinador, para ver como eu me adapto melhor, como me sinto melhor, porque tem que você tem de gostar do treinador, tem de se dar bem, é muito importante isso. Aqui, tem o treinador da Claudia , tem o treinador do Benavidez, tem o treino conjunto com todo o pessoal, e estou testando. Tem a preparação física, que fazemos em conjunto também... Às vezes, tem seis atletas do UFC ao mesmo tempo", acrescentou.

Tanta variedade em relação aos companheiros de treino provoca uma questão: não podem faltar parceiros do mesmo peso? Almeida garante que não. "Tem bastante diversidade. Até postei uma foto em que dá pra ver uma diversidade muito grande. Tem um pessoal muito pesado, tem galera um pouco mais leve que eu, tem galera do mesmo peso. Estou me sentindo bem", disse.

Como o UFC Performance Institute é uma estrutura sem vínculos com academias, não existe qualquer impedimento para que companheiros de treino acabem lutando. Thomas disse lidar tranquilamente com essa possibilidade - e, inclusive, cogita a possibilidade de isso acontecer em breve.

"Ontem, no treino, tinham três pessoas da mesma categoria dentro do tatame treinando juntos. Então, pode ser que no futuro aconteça uma luta, mas é bem profissional a coisa. Pode ser que aconteça comigo. Tem um cara da minha categoria treinando no tatame, e bola para frente. É ser profissional, respeitar. Cada um treinou, se cumprimenta. Se marcarem uma luta, vai fechar a porta do octógono, a gente sai na porrada e depois o respeito continua", explicou.

"No Brasil não tem muito essa ideia. Aqui, também, em alguns lugares os lutadores representam times, então é difícil acontecer isso aí . Mas no Brasil é mais. Tem mais essa mentalidade. O esporte está indo para esse lado mais profissional", concluiu.

Thominhas chegou a alcançar um cartel de 20-0, antes de enfrentar Cody Garbrandt e perder a invencibilidade. Em seguida, recuperou-se com um nocaute contra Albert Morales, mas emendou duas derrotas, para Jimmie Rivera e Rob Font - esta última, em janeiro.

Confira a entrevista completa com Thomas Almeida: