Topo

MMA


Claudia Gadelha compara força de 'Bate-Estaca' com a de lutadores homens

Claudia Gadelha - Buda Mendes/Getty Images
Claudia Gadelha Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

30/05/2018 14h18

No último dia 22 de setembro, Claudia Gadelha enfrentou Jéssica Andrade no UFC Fight Night 117, evento realizado no Japão, e acabou derrotada por decisão unânime dos juízes. E, de acordo com 'Claudinha', franca favorita para aquele combate, a rival 'Bate-Estaca' é simplesmente a atleta mais forte que ela já viu na vida. Força essa que a brasileira compara com a dos atletas masculinos da divisão dos pesos-moscas (57 kg).

Durante uma conversa com a reportagem da Ag. Fight na sede do UFC, em Las Vegas (EUA), Claudinha apontou que nunca se deparou com uma lutadora com tamanha força durante todos os seus anos no MMA. Ex-desafiante ao cinturão dos pesos-palhas (52 kg), a atleta ressaltou que apenas treinando com homens mais pesados conseguiu sofrer a mesma pressão daquela exercida pela compatriota.

"A Jéssica é muito mais forte do que qualquer outra mulher que eu já tenha treinado na vida - e olha que eu tenho mais de dez anos de carreira. No meu peso e no peso de cima, eu nunca senti uma força igual a dela. Eu comparo a força dela com a dos meninos da categoria de cima, dos pesos-moscas. Eu treino com eles e sinto a força deles, e senti a mesma coisa com ela", narrou, garantindo que para vencer a Bate-Estaca em um novo confronto ela teria que entrar com uma estratégia totalmente diferente.

"Acho que a Joanna matou o jogo da Jéssica porque ela se movimentou muito e não teve essa troca de força e poder na luta. O meu jogo é totalmente diferente, eu troco força, troco isometria e ela é muito mais forte do que eu. Acho que a revanche entre nós vai acontecer e eu vou fazer um jogo bastante diferente. Acho que por vias normais e naturais, eu não consigo ficar tão forte quanto ela - e nenhuma outra menina da categoria", afirmou.

Escalada para enfrentar Carla Esparza no UFC 225, evento que será realizado no próximo dia 9 de junho em Chicago (EUA), Claudinha analisou o combate com a americana e apontou que, na sua opinião, leva vantagem em todos os aspectos do combate diante da rival.

"Acho que, tecnicamente, eu sou melhor do que ela em todos os aspectos. A Carla é uma ótima wrestler, mas eu sinto que ela só tenta fazer aquilo, não busca uma melhora nas outras áreas. Mas fiquei sabendo que ela foi para Cuba treinar boxe e que vem usando mais os chutes nas suas lutas. Mas, percebe-se que ela confia mesmo é no wrestling dela. E isso não me afeta porque o meu jogo é o mesmo do dela", declarou, antes de afirmar que ainda pretende fazer uma trilogia com Joanna Jedrzejczyk - rival que a venceu em duas ocasiões.

"Sim, me interessa. A gente não se gosta, o nosso lance é pessoal. Eu admito ela como atleta e não como pessoa. E isso me motiva, um camp para lutar contra a Joanna é um camp muito motivado. Eu realmente não gosto dela e ela não gosta de mim. Então, eu quero essa luta no futuro".

Lutadora profissional desde 2008, Claudinha foi sofrer a primeira derrota da carreira apenas em 2014 quando enfrentou Joanna pela primeira vez. Aos 29 anos de idade, a brasileira coleciona na carreira um cartel com 15 vitórias e apenas três reveses.

Confira a entrevista completa aqui: