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Do Bronx promete mais paciência em nova luta: "Não vou sair na loucura"

Charles Do Bronxs é um dos atletas com o maior número de submissões no UFC - Hannah Peters/Getty Images
Charles Do Bronxs é um dos atletas com o maior número de submissões no UFC Imagem: Hannah Peters/Getty Images

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

04/06/2018 08h00

Finalizador nato, Charles 'Do Bronx's é um dos atletas com o maior número de submissões no UFC. Com nove rivais obrigados a darem os três tapinhas no tablado em sinal de desistência, o peso-leve (70 kg) paulista tem como grande marca seu estilo agressivo e explosivo, o que também tem seu lado negativo, principalmente quando ele enfrenta rivais maiores e mais pesados.

Acostumado a não economizar energia, Charles por vezes se desgasta mais do que o necessário ao tentar finalizar um oponente, perde pressão em seus golpes e permite que seu adversário mude o ritmo do combate. Aos 28 anos, o atleta agora promete trabalhar para corrigir essa falhas e ser um lutador mais calmo e paciente no octógono.

"Aprendi a ter clama, não sair na loucura. Quando eu botava para baixo, eu já estava tentando finalizar. Não precisa disso, tem que ter calma e usar estratégia", analisou durante conversa com a reportagem da Ag. Fight.

E seu novo estilo já tem data para entrar em ação. No dia 9 de junho, Bronx enfrentará o veterano Clay Guida no UFC Chicago, em duelo que pode servir como o início de um novo capítulo para o atleta que perdeu três de suas últimas quatro apresentações no evento.

"A estratégia é andar para frente, mas com calma, sabendo que tem três rounds. Não cair na loucura do jogo do Guida. Vou andar para frente e na hora certa tudo vai acontecer. Vou vencer e pedir para voltar para os penas. Na última luta todo mundo viu a diferença de tamanho e peso", narrou, se referindo à derrota para Paul Feder em dezembro.

Precisando se recuperar da má fase, Charles aceitou o duelo contra Guida faltando apenas 12 dias para o evento. Em seus cálculos, descontando o período dedicado à perda de peso e à viagem para os EUA, ele teve apenas seis dias de treino específico para o rival. O que ele julgou ser o suficiente.

"Foi de imediato. Nem pensei muito. Quando meu empresário me ligou eu aceitei a luta. Todo mundo sabe que aceitei luta com 20 dias e essa com menos tempo ainda. Mas estou treinando bem. O Guida é um cara duro, movimenta o tempo todo, tem boxe e wrestling como ponto forte, e eu sou oriundo do jiu-jitsu. Se ele me botar para baixo, vai ficar favorável para mim. Lutador tem que estar pronto a todo momento, e eu vou meter a porrada no e vou vencer", prometeu.