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Rival acusa Gadelha de passar óleo no corpo em luta no UFC: 'Trapaceira'

Claudia Gadelha (à direita) e Carla Esparza se enfrentaram no UFC 225 - Dylan Buell/Getty Images
Claudia Gadelha (à direita) e Carla Esparza se enfrentaram no UFC 225 Imagem: Dylan Buell/Getty Images

11/06/2018 16h18

Depois de anos de rivalidade e lutas canceladas, Claudia Gadelha e Carla Esparza finalmente se encontraram no UFC, no último sábado (9), e tiraram a limpo o passado. Após três rounds duros, a brasileira venceu por decisão dividida dos jurados e proferiu palavras de respeito em relação à rival ainda no octógono. A americana, no entanto, adotou outra postura.

Durante entrevista ao programa "MMA Hour", Esparza, primeira campeã peso-palha (52 kg) do UFC, acusou a adversária de fazer uso de um óleo para deixar o corpo escorregadio, impedindo assim que a ela dominasse as ações ou até mesmo encaixasse uma finalização.

"Demos as mãos, eu estava sendo respeitosa com os treinadores dela. Aconteça o que acontecer, sempre aperto as mãos depois da luta. Pessoalmente, uma coisa que eu diria, e não é desculpa por ter perdido a luta, até porque acho que venci, mas ela trapaceou", narrou a americana, que garantiu que percebeu a presença da substância com o passar do combate.

"Ela passou óleo. Eu estava pensando em dizer algo para os juízes durante luta: 'Ela está escorregadia'. Finalmente revimos a luta, e minhas mãos estavam escorregando, quando eu estava tentando pegar o braço dela os meus braços escorregaram. Ela é uma trapaceira. Mas isso não me surpreende. Na minha opinião, ela vem sendo uma lutadora suja faz tempo", decretou.

Além do possível comportamento ilegal de Gadelha, Esparza ainda afirmou repetidas vezes que venceu a luta. Para corroborar sua opinião, a atleta apontou o posicionamento da torcida, que rapidamente vaiou o anúncio do resultado oficial da disputa, além do apoio dos fãs em suas redes sociais. Nada disso, porém, pode mudar a opinião dos jurados.

"Eu pessoalmente acho que venci os rounds um e três. Acho que infligi a maioria dos danos. Não sofri muitos golpes. Ela me derrubou mais, mas não bateu muito na luta. É uma luta, eu acho que você tem que fazer algo", reclamou, antes de pedir por novas mudanças no sistema de análise dos combates de MMA.

"Você nunca sabe, ela teve mais quedas e controlou por mais tempo. Alguns juízes consideram mais as quedas mesmo sem danos. Alguns não estão na mesma página, você sabe? ,Foi decisão dividida. Gostaria que tivéssemos um padrão, assim saberíamos o que temos que fazer. Nunca sabemos o que vai acontecer com os jurados, o que vale mais, o que rende mais pontos. Com um padrão, teríamos uma ideia melhor do que fazer para vencer", afirmou a veterana.