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Wanderlei Silva revela que receberá quase R$ 4 milhões para lutar com 'Rampage'

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

21/06/2018 11h26

Um ano e três meses após sua última luta, contra Chael Sonnen, Wanderlei Silva vai entrar no cage circular do
Bellator mais uma vez, contra Quinton 'Rampage' Jackson. E, segundo ele, motivos para retornar não faltaram.
Aliás, como ele mesmo disse à reportagem da Ag. Fight, foram "um milhão de motivos" - em referência ao que ele
afirmou que será, em dólares, sua bolsa para o evento. O veterano destacou que enfrentar um arquirrival sendo
bem pago é tudo o que ele precisa para se estimular.

A informação da luta foi antecipada pela Ag. Fight na última quarta-feira (20), e confirmada pelo próprio
Wanderlei horas depois. O brasileiro afirmou que, com três meses para se preparar, sobram razões para acordar
cedo e garantir a terceira vitória em quatro combates contra Jackson.

"Para essa luta, eu tenho um milhão de motivos. Eu recebi uma proposta de US$ 1 milhão para
lutar contra o Quinton Jackson. Então, é um baita motivo para acordar cedo, fazer tudo o que tem que fazer. Eu,
graças a Deus, estou numa situação financeira muito boa, mas a gente não pode negar US$ 1 milhão. E
principalmente para brigar. Eu gosto da briga. Eu gosto do desafio. E está me fazendo muito bem. Estou muito
feliz de estar participando de um evento tão grande assim e, principalmente, com uma bolsa tão boa", declarou.

"O casamento de estilos é muito bom. Todas as lutas que eu fiz com ele foram lutas tidas como as melhores da
noite. Ele é um rival à minha altura, no sentido de que tem o mesmo número de lutas, praticamente a mesma
idade, e é um clássico que quem não viu vai querer ver. A gente vai conseguir a audiência do mundo inteiro para
ver esse quarto combate. Eu encaro como um recomeço e estou muito feliz de poder fazer esse clássico para os
nossos fãs", completou o 'Axe Murderer'.

Segundo 'Wand', uma das razões pelas quais está tão empolgado é justamente a oportunidade de "brigar" no cage com Jackson. Isso porque, em sua última luta, o brasileiro teve seu striking frustrado pelo jogo de quedas de Sonnen, que o derrotou por decisão.

"Nossa luta é porrada. É muita porrada. A gente sai na mão para valer. Nós somos arquirrivais, e nada melhor do
que um rival para fazer você sair da cama cedo. Um rival e um milhão de dólares é tudo o que o cara precisa de
motivação para voltar", ressaltou, lembrando do histórico dos dois.

"A gente quase saiu na mão no backstage dessa luta do UFC. Eu sinto que o cara também não gosta de mim. É com
cara assim que é bom de lutar, que é bom de a gente sair na mão, que eu saio na mão com gosto. Eu gostaria de
ter realizado essa luta aqui no Brasil, no estádio do Atlético-PR , aqui em Curitiba. Mas o pessoal do Bellator pediu para fazer lá em San Jose, no mesmo ginásio onde eu ganhei do Cung Le . Então, estou feliz de ter achado um adversário à altura e um evento à altura para poder bancar uma luta tão grande quanto essa", concluiu à Ag. Fight.

Wanderlei é um dos poucos veteranos do vale-tudo ainda em atividade. O brasileiro começou a carreira em 1996 e, de lá para cá, fez 50 lutas de MMA. O combate contra Rampage será apenas o segundo  de Silva em cinco anos.