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Top 5, aumento e luta principal. Renato "Moicano" revela seus planos no UFC

Renato Moicano finaliza Cub Swanson no UFC 227  - Diego Ribas/ Ag. Fight
Renato Moicano finaliza Cub Swanson no UFC 227 Imagem: Diego Ribas/ Ag. Fight

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

07/08/2018 06h00

O famoso ditado brasileiro que diz que 'todo mineirinho como quieto' poderia cair como uma luva em Renato "Moicano", não fosse o fato de o peso-pena (66 kg) ter nascido em Brasília. Faixa-preta de muay thai e jiu-jítsu, o atleta de 29 anos garantiu seu espaço no maior evento de MMA do mundo sem fazer alarde, aceitando desafios contra rivais bem ranqueados e lançando mão de um estilo cadenciado e estudioso. Agora, com cinco vitórias no UFC, é chegada a hora de sonhar grande.

No último sábado (4), o brasileiro finalizou o veterano Cub Swanson no primeiro round da disputa realizada no card do UFC 227, em Los Angeles (EUA). O triunfo deu mais visibilidade para sua carreira e, ao que tudo indica, deve colocá-lo próximos dos líderes da categoria hoje dominada pelo havaiano Max Holloway. Por isso, Moicano não hesita em sonhar alto.

"A verdade é que eu quero fazer um 'main event' (luta principal). Provei que estou capacitado, mereço estar no top 5, Quero fazer um main event, está na hora do público me conhecer. Estou gabaritado, já fiz alguns cards principais e lutei em eventos grandes. Minha hora vai chegar", disse durante conversa exclusiva com a reportagem da Ag. Fight.

Curiosamente, Moicano tem apenas mais uma luta em seu contrato e, como de praxe com a maioria dos atletas que estão em boa fase, a negociação para a renovação de seu vínculo com o evento deve ser feito antes de seu próximo combate. E quando chegar a hora, é de se esperar por um valor condizente à sua posição no ranking.

Afinal, número 10 na lista oficial do UFC, Moicano já venceu os donos das posições 4 e 5 e deve subir importantes posições após seu último triunfo. Cub Swason, sua última vítima no octógono, recebeu US$ 90 mil mesmo derrotado enquanto o brasileiro levou para casa US$ 52 mil (cerca de R$ 200) somado o bônus da vitória.

"Tenho mais uma luta no contrato. Provavelmente, eu renovo agora, acho que vamos negociar por agora. Nada mais justo ter um aumento. Entrando no top 5, lutando com melhores, é claro que vamos receber um pouco a mais por isso", sentenciou.

Vale lembrar, porém, que além dos US$ 52 mil previstos pelo triunfo, o brasileiro recebeu um cheque de US$ 50 mil por ter sido eleito pelo promotores do evento um dos donos da 'performance da noite' no UFC 227. De bolso cheio, o atleta revela que já sabe o que fazer com a quantia.

"Eu pretendo investir na minha carreira. Para poder ficar nos EUA, poder ficar treinando e ter dinheiro para me manter e ter uma boa performance para ter ainda mais prêmios. Vou usar para me manter aqui mesmo", revelou, deixando claro que não conta com qualquer patrocínio em sua carreira. "Banco tudo do meu bolso. Ainda estou em busca de pessoas que me apoiem no meu sonho do cinturão".

Por fim, a proximidade do topo da divisão o coloca em rota de colisão clara com nomes do calibre de Frankie Edgar, Chad Mendes, Brian Ortega, Jeremy Stephens e José Aldo, ex-campeão que reencontrou o caminho da vitória e sua última apresentação. Cenário que parece agradar ao atleta da America top Team.

"Vejo o Aldo como um oponente dificílimo, é uma lenda, crescemos assistindo ele. Meu objetivo é lutar com o Ortega, mas vejo que é difícil. Ele vai querer esperar e lutar com o Holloway. Mas se o Holloway não voltar, vai ter interino. Muitos têm lutas marcadas. Se o UFC colocar, tem que lutar. Quero lutar com quem estiver na minha frente no ranking", finalizou.