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Mayra 'Sheetara' revela que quase abandou o MMA antes do Contender Series

Felipe Castello Branco e Marcel Alcântara, em São Paulo (SP)

Ag. Fight

21/09/2018 06h00

Realizada em Las Vegas (EUA) no mês de agosto, a primeira edição do 'Contender Series' cumpriu o seu papel de revelar novos talentos para a maior organização de MMA do mundo e garantiu dez contratos a atletas desconhecidos do grande público. Dentre eles, a paulista Mayra 'Sheetara' Bueno chama a atenção por um curioso fato. Por muito pouco ela não pendurou as luvas aos 27 anos.

Com apenas quatro lutas como profissional, Mayra, decepcionada com uma vitória na decisão dividida quando julgava ter vencido a rival com folgas, lidou com duas sérias lesões que formaram um cenário de desmotivação. Não fosse a estreia do programa, seus dias como lutadora poderiam ter sido abreviados.

"Tive duas lesões graves, rompi o ligamento do ombro na luta e continuei lutando, e saí rompendo tudo . Depois tive lesão no olho. Achei que nunca mais fosse lutar, ate porque eu não queria mais lutar. Estava enfrentando as melhores do País mas não me conformei com o resultado da luta. Mesmo que ganhei, mas foi decisão dividida, não me conformei. Essa luta me deixou frustrada", afirmou, de referindo ao duelo contra Daiane Firmino, em 2017.

A seguir, quase um ano e meio de inatividade deixaram a atleta pronta para seguir outro rumo em sua vida. No entanto, o convite dos treinadores para se inscrever no programa que poderia colocá-la no UFC com apenas uma vitória pareceu tentador demais para ser recusado.

"Não queria mais lutar, mas como tenho os melhores professores do mundo, quando descobri que eu iria lutar no Contender, me agarrei a cada um deles e eles me mostraram que eu ia chegar. Fiquei com dúvida se estaria 100% para a luta, mas cheguei bem ", relembrou durante entrevista exclusiva com a reportagem da Ag. Fight antes de analisar o nível de tensão do Contender Series comparado ao TUF, outro programa que também revela talentos para o UFC.

"Esse formato é mais tenso, nem sempre o Dana estava no TUF . Lá, se você não ganhasse, poderia ter outra chance. Nesse formato é mais tenso. Mas consegui fazer essa tensão virar energia. Tinha certeza que esse momento iria chegar. No octógono, quando entrei, eu falei: 'Hoje é meu dia'", finalizou.

Aos 27 anos, Sheetara encara a canadense Gillian Robertson, atleta representante da academia America Top Team, em seu quinto duelo como profissional de MMA. Quatro anos mais nova, a rival vem embalada por dois triunfos seguidos no UFC.