Topo

Chiesa acusa fãs de McGregor de ofenderem mãe e namorada após processo judicial

Ag. Fight

17/10/2018 13h21

Michael Chiesa sentiu na pele o resultado de uma das posturas pouco convencionais de Conor McGregor fora do cage. Em abril, às vésperas do UFC 223, o irlandês atirou um carrinho de câmera no ônibus onde estavam os lutadores do evento, e os vidros de uma janela que foi quebrada cortaram o rosto de 'Maverick'. Hoje, o lutador processa McGregor judicialmente e, conforme afirmou ao programa 'The MMA Hour', ele e sua família passaram a sofrer com a fúria dos torcedores do 'Notorious'.

Chiesa reclamou da agressividade dos fãs de Conor que, segundo ele, xingaram até mesmo sua mãe e sua namorada. Embora tenha se negado a dar detalhes do acontecido, uma vez que a ação judicial ainda está em trâmite, Michael lamentou que as ofensas tenham excedido a questão entre ele e o ex-campeão dos penas (66 kg) e leves (70 kg).

"Eu vou falar superficialmente sobre isso, obviamente não posso dizer muito. Mas não tem sido bom. Até minha namorada e minha mãe recebem mensagens e comentários. Elas não fazem parte disso. É uma pena. Minha mãe é uma mulher sensível e eu faço o meu melhor para protegê-la e tudo mais. E quando ela me fala sobre algumas das coisas maldosas que estão sendo enviadas para ela, é realmente uma vergonha. Qualquer um pode dizer o que quiser para mim. Isto é sobre mim, não sobre minha família"

De acordo com o agora meio-médio (77 kg), a atitude agressiva de muitos atletas fora do octógono tem influenciado fortemente os torcedores. Chiesa declarou que a facilidade que os fãs têm de contatar as estrelas do Ultimate, aliada à promoção de lutas calcada em um 'trash talk' cada vez mais forte, intensificaram as injúrias praticadas na internet.

"Acho que é ruim. Na era em que 'os caras' eram Chuck Liddell e Matt Hughes, os fãs de MMA não eram como hoje. Não eram maus, não eram voláteis, não xingavam as pessoas, zombando delas nas mídias sociais. Claro que as plataformas de mídias sociais não eram o que são hoje, mas, como atletas, temos uma base de fãs, algumas menores que outras, nas quais eles nos seguem e nos emulam em muitas diferentes maneiras. E acho que, quando promovemos lutas ao falar m**** um para o outro, depreciando um ao outro, os fãs absorvem isso e acho que é isso que cria esta base tóxica de fãs", afirmou.

Chiesa admitiu que ele mesmo já se colocou em uma situação artificial de trash talk, contra Anthony Pettis. Segundo ele, ao contrário do que havia acontecido no entrevero contra Kevin Lee, a discussão que travou com o 'Showtime' não foi real de sua parte.

"Acho que há uma certa linha. Acho que se é autêntico, deixe acontecer. Entre mim e Kevin, tivemos nossa discussão. Aquilo foi real. Não havia nada roteirizado, nada encenado ali. Não foi forçado. O cara falou besteira sobre minha mãe, eu me irritei. Aquilo causou tensão autêntica. A coisa com Pettis foi simplesmente eu forçando algo", reconheceu.

Michael já sabe quando vai voltar ao cage. Depois de não bater o peso na luta contra Pettis, na qual acabou derrotado, o americano enfrentará Carlos Condit na categoria meio-médio (77 kg). O duelo está agendado para o UFC 232, em 29 de dezembro.