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Calvillo critica Mackenzie Dern e detona ranking do UFC

Cynthia Calvillo (esq) - Gary A. Vasquez/USA TODAY Sports
Cynthia Calvillo (esq) Imagem: Gary A. Vasquez/USA TODAY Sports

Gaspar Bruno, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

15/11/2018 07h00

Os critérios de ranqueamento do UFC geram polêmicas e estão longe de serem uma unanimidade entre os profissionais do MMA. E o já vasto grupo dos críticos do sistema do Ultimate ganhou mais uma integrante: a peso-palha (52 kg) Cynthia Calvillo. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, a americana deu o exemplo de Mackenzie Dern para detonar o ranking e seus métodos.

A americana de ascendência brasileira compete na mesma categoria que a atleta da 'Team Alpha Male', e, apesar da curta carreira e do histórico de não conseguir bater o peso por diversas vezes, já integra o ranking do UFC - ocupando a 15ª posição. O desempenho negativo de Mackenzie contra a balança foi alvo de críticas de Cynthia, que a acusou de não ser profissional.

"As coisas são assim. Não é a primeira vez que você vê uma atleta com uma grande fama, só porque muitas pessoas e fãs gostam dela, e elas ficam nessa posição de evidência. Não acho que ela seja muito profissional, esse é um ponto, e infelizmente ela tem muita fama atrelada, mas tudo faz voltas completas na vida. Em algum ponto, ela não será tão profissional, e uma verdadeira profissional aparecerá e dará o que ela merece. Ela não bate o peso, falhou com a balança em três das sete vezes que lutou como peso-palha. Ela lutou com Amanda Cooper e não bateu o peso. Amanda nem era uma atleta ranqueada, e Mackenzie, não sei como, foi parar no ranking. Só com isso, dá para perceber que o ranking não quer dizer m**** nenhuma. É sobre ser popular ou não", desabafou Calvillo.

"Mas as coisas são como são, não posso comparar e ficar tipo: 'Essa pessoa ganha isso e essa não'. Mas como eu disse: a vida dá voltas. Ela não será tão profissional e uma verdadeira profissional virá e a colocará em seu devido lugar. Se eu tiver a chance de lutar com ela - quero lutar com todas da divisão, para mostrar que sou a melhor e posso ser a melhor do mundo, uma verdadeira campeã mundial, de forma profissional. Mas se ela continuar desse jeito, não batendo o peso, não vai lutar pelo título. Mas, se ela se contenta com isso, não me incomoda", alfinetou a americana, durante conversa exclusiva com a Ag Fight.

Cynthia já chegou a ocupar a sexta posição do ranking dos palhas em 2017, mas foi retirada da lista após sua derrota para Carla Esparza seguida do flagra no exame antidoping - a atleta testou positivo para THC (princípio ativo da maconha). E mesmo com a chance iminente de retornar à listagem oficial da divisão em caso de vitória no sábado (17), quando enfrenta a brasileira Poliana Botelho, Calvillo atacou o critério do UFC.

"Eu espero que sim, que se eu vencer, eu volte para o ranking. Antes de eu deixar o ranking, eu era a número 6. O ranking não é um foco meu, até porque, depois da minha suspensão, eles me removeram de lá. No entanto, seria natural, se eu vencer no sábado, voltar ao ranking oficial. Mas para mim, honestamente, o ranking não significa nada. Contanto que eu ganhe a minha luta, eles não podem me negar, e eu fatalmente estarei lá", opinou a peso-palha, com certa indiferença.

O duelo entre Cynthia e Poliana abrirá o card principal do UFC Buenos Aires - o primeiro show da história do Ultimate a ser sediado na Argentina. O 'main event' ficará por conta dos meio-médios (77 kg) Santiago Ponzinibbio e Neil Magny.