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Brasileiros disputam cinturão do Brave em busca de repetir "geração de ouro" do UFC

Fábio Oberlaender, no Rio de Janeiro (RJ) e Felipe Paranhos, em Salvador (BA)

Ag. Fight

16/11/2018 06h00

Em 2012, com quatro campeões simultâneos, o Brasil viva o seu auge no UFC. Na ocasião, Junior 'Cigano' detinha o título dos pesos-pesados, enquanto Anderson Silva e José Aldo continuavam a defender com sucesso os cinturões dos médios (84 kg) e dos penas (66 kg), respectivamente. Além deles, ainda havia Renan 'Barão', então dono da cinta interina dos galos (61 kg). Agora em 2018, apesar de Cris 'Cyborg' e Amanda Nunes aparecerem no topo de suas divisões, não temos mais campeões entre os homens, situação oposta ao que pode acontecer no evento desta quinta-feira (16) no Brave. No show agendado para o Bahrein, três lutadores entrarão no cage dispostos a repetir os feitos da "geração de ouro" do Ultimate, desta vez na maior liga de MMA do Oriente Médio.

No combate principal da noite, Lucas 'Mineiro' buscará unificar o título interino dos pesos-leves (70 kg) contra Abdul-Kareem Al-Selwady. Este será o terceiro combate do lutador natural de Montes Claros na organização. Experiente aos 30 anos, o atleta ressaltou, em entrevista à Ag. Fight, que os brasileiros sempre se destacaram nos eventos de MMA ao redor do planeta, situação que não poderia ser diferente no Brave.

"Os brasileiros sempre dominaram o esporte, sempre estivemos no topo do MMA. Em todos os grandes eventos da história, tivemos brasileiros campeões. Então nada mais justo que nós estarmos construindo essa história no Brave também. Os brasileiros têm seu espaço e momento no Brave e não é de hoje isso. Já mostramos a todos os fãs a que viemos e chegou a hora de concretizar o nosso domínio no evento, assim como acontece em outros grandes shows", contou 'Mineiro'.

Além de Lucas, Felipe Efrain desafiará Stephen Loman pelo título dos galos da organização médio-oriental. E, para fechar o trio de candidatos a campeões, o catarinense Marcel Adur pegará Velimurad Alkhasov, em busca do cinturão inaugural dos moscas (57 kg). À Ag. Fight, o atleta natural de Balneário Camboriú apontou as características que, em sua opinião, colaboram para que os brasileiros ainda tenham muita representação no esporte.

"Nós somos, com certeza, os melhores no MMA. Principalmente, no quesito raça. Nós fazemos isso com muito amor e deixamos absolutamente tudo dentro do cage. Com brasileiro, matar ou morrer são as únicas opções que existem, por isso temos esse destaque. E, claro, o mundo inteiro gosta de ver brasileiro lutar, principalmente por causa disso", opinou Marcel. "Nós temos muita raça. O povo brasileiro tem esse diferencial dos outros, a vontade de vencer, o ímpeto, por isso nos destacamos. E desejo que em um futuro não muito distante, além do Brave e UFC, os brasileiros sejam sempre os campeões", concluiu.