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Pés no chão! 'Netto BJJ' projeta "caminho longo" até o topo dos pesos-leves

Gaspar Bruno, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

14/12/2018 10h13

Joaquim Silva, mais conhecido como 'Netto BJJ', assim como quase todo atleta profissional, almeja o topo. No entanto, vindo de derrota - a primeira em sua carreira -, o brasileiro mantém os pés no chão e admite que para se tornar um atleta de referência terá que percorrer um caminho longo. De acordo com o lutador, isso se deve muito à sua categoria, peso-leve (70 kg), que, de acordo com o goiano, é a mais disputada do UFC.

Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Netto BJJ, que enfrenta Jared Gordon no próximo sábado (15), afirmou que, para almejar o cinturão, terá que emendar uma série de triunfos consecutivos ao longo dos próximos anos. O brasileiro ainda admitiu que, apesar da vontade de entrar no ranking oficial dos leves, uma vitória contra seu próximo rival em Milwaukee (EUA) não será suficiente para alcançar tal feito.

"Com certeza . Esse ano agora não, porque foi uma temporada de recuperação. Acho que 2019 vai ser o ano que estarei entrando para o top 15. Essa luta vai ser de recuperação, para eu vencer bem, me recuperar da última derrota e poder casar uma luta interessante em seguida, para que, aí sim, eu possa entrar. Até porque essa é uma categoria muito embolada, muito cheia, é a mais difícil do UFC. Não é porque estou nela que estou falando isso. Ela tem os atletas mais bem condicionados, mais rápidos, com poder de nocaute, e são muitos disputando, né? Então tenho que fazer um trabalho mais árduo para chegar no top 15 ali", analisou Joaquim, antes de falar sobre o sonho de chegar ao topo.

"Acho que é um caminho longo, né? Essa categoria tem muitos atletas, eu considero a mais difícil, então é um trabalho que tem de ser feito devagar. Mas acho que fazendo mais umas 3 ou 4 lutas com vitórias contundentes, expressivas, a gente consegue chegar ali no top 5 e disputar o cinturão, em uns três anos de trabalho duro, mais ou menos", projetou o atleta da equipe 'Evolução Thai'.

Mas, para alcançar os objetivos desejados, o brasileiro terá que emplacar um ritmo mais frequente de combates dentro do Ultimate. Netto BJJ fez apenas uma luta por ano durante 2015 e 2017. Essa escrita só não se repetirá em 2018 porque o peso-leve tem o compromisso contra Jared Gordon - segundo na temporada - neste sábado. Mas de acordo com Joaquim, há uma explicação razoável para a baixa assiduidade nos octógonos.

"Nesse período aí, fiz só uma luta por ano, sofri lesões até 2017, que me deram uma freada. Mas agora passou. Tinha que acontecer mesmo, para fortalecer minha parte física, minha parte mental. Daqui para a frente, espero dar uma alavancada na minha carreira. Acho que agora é a hora da reviravolta, emplacar três, quatro lutas em 2019, para dar uma guinada de vez na minha carreira, emplacar mesmo", declarou Netto, que contou à reportagem da Ag Fight ter sofrido lesões na mão e no joelho durante esse período.

Recuperado das lesões, o brasileiro vai em busca de uma temporada em 2019 que seja realmente um divisor de águas em sua carreira. Durante sua trajetória como peso-leve profissional, Netto BJJ acumulou dez vitórias e apenas uma derrota - justamente em seu último combate, contra Vinc Pichel, em janeiro deste ano.