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Treinador aponta lado positivo nas "férias forçadas" de Jon Jones; entenda

Ag. Fight

18/12/2018 18h51

Jon Jones é um dos atletas mais extraordinários que já se apresentaram no UFC. No entanto, os problemas fora dos octógonos impediram que o americano desse continuidade ao seu reinado em algumas ocasiões. Prova disso é a assiduidade do meio-pesado (93 kg), que atuou em apenas em duas oportunidades nos últimos três anos. Anteriormente, de fevereiro de 2011 até janeiro de 2015 - no auge da carreira -, 'Bones' lutou dez vezes.

Mas há quem pense que o período afastado dos holofotes do Ultimate fez bem para o lutador. Brandon Gibson, treinador responsável pela parte em pé de Jones, declarou nesta terça-feira (18) em participação no programa 'The MMA Hour' que o tempo em que Bones ficou inativo foi crucial para preservar o seu físico. De acordo com o técnico, seu atleta acredita, inclusive, que sua carreira foi prolongada por este motivo.

"Ele (Jon Jones) não está tendo seu cérebro chacoalhado (durante seu tempo afastado). Não está sofrendo concussões. Ele está cuidando do seu corpo e mente, e isso é importante - nesse nível que esses caras (atletas) se encontram. Isso não é um aspecto que vem com sparring ou algo do tipo. O tempo afastado em que nós não temos impacto, em que o corpo dele não está sendo espancado e quebrado, em que nós continuamos evoluindo as habilidades e técnicas e desenvolvendo ainda mais o Jon como um artista marcial é crucial. Ele tem 31 anos, tem uma longa carreira pela frente ainda, e ele (Jones) realmente acredita que esse tempo afastado prolongou bastante sua carreira", afirmou Brandon.

O treinador de Jones enxerga a rotina de atletas de MMA, repleta de treinos, camps e lutas como algo prejudicial ao desempenho dentro do octógono a longo prazo. Gibson inclusive afirma que há diversos lutadores de meia-idade que não rendem o que poderiam devido ao desgaste ao longo da carreira. Por isso, diz, ao menos em seu discurso, que Bones foi, de certa forma, beneficiado com o período afastado do esporte.

"Se ele ainda estivesse lutando de três a cinco vezes por ano, como fazia quando era mais novo, acredito que isso esgotaria ele mais cedo. Acho que é por isso que você começa a ver caras com trinta e poucos anos que são lentos, que não reagem, que não puxam o gatilho, eles não atuam mais como costumavam, e acho que isso se deve ao fato de treinarem em excesso, muitos camps e lutas. Então ter esse tipo de pré-camp, onde focamos apenas na técnica, tem sido muito bom para ele (Jon Jones). E isso será demonstrado na luta. Tivemos um longo tempo afastado antes da luta contra o Ovince Saint Preux, assim como contra a revanche contra 'DC', e ele voltou em forma, focado e renovado de diversas formas", analisou o técnico de Jon.

O retorno do ex-campeão do Ultimate aos octógonos já está agendado: dia 29 de dezembro no UFC 232. Jones encara Alexander Gustafsson pela segunda vez na carreira, em disputa válida pelo cinturão dos meio-pesados. Na primeira oportunidade, em 2013, Bones venceu por decisão unânime em duelo bem parelho. O show também contará com a superluta entre Amanda Nunes e Cris 'Cyborg' no co-main event da noite.