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Ex-'Trakinas', Taila Santos aprova longa espera antes de estreia no UFC

Felipe Paranhos, em Salvador (BA)

Ag. Fight

11/01/2019 07h00

Quase seis meses se passaram entre Taila Santos conquistar um contrato no UFC, através de sua participação no 'Contender Series Brasil', e finalmente estrear pela organização. O longo intervalo entre os dois momentos mais importantes de sua carreira, entretanto, não a afligiu. Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, a catarinense afirmou que precisava desse tempo para "baixar a adrenalina" e chegar 100% concentrada no maior evento de MMA do mundo.

A peso-mosca (57 kg) brasileira enfrenta Mara Romero Borella no UFC Fortaleza, no dia 2 de fevereiro. Enquanto colegas de Contender Series, como Marina Rodriguez e Johnny Walker já estão com a segunda luta agendada dentro da empresa - no caso do lutador, também na capital cearense -, Taila teve de esperar mais para começar a nova jornada. Segundo ela, entretanto, a espera não trouxe ansiedade - muito pelo contrário, aliás.

"Eu gostei desse tempo, porque foi um tempo para dar uma baixada na adrenalina e voltar ao treinamento. Foi um tempo bom para cair a ficha. A Marina já ia lutar de novo nesse card, tiveram atletas já lutando, lutaram cedo, e eu queria realmente esse tempo, não queria lutar logo em seguida", contou.

Borella é a 13ª colocada no ranking do Ultimate, o que pode garantir a Taila um lugar na listagem com apenas uma vitória na organização. Mas, embora sonhe com o cinturão, a catarinense pretende fazer três lutas este ano, subindo "sem pressa" para as melhores da categoria. De acordo com a lutadora da Astra Fight Team, a italiana não parece ter como surpreendê-la no octógono.

"Eu a respeito como atleta, como respeito todos os atletas. Mas não acho que ela tenha nada de anormal ou de diferente do que eu já passei na minha carreira toda. Eu já tenho muita experiência de luta: já lutei com gordas, magras, altas, baixas. Eu tenho muita experiência de luta, e ela não me mostra muito perigo", declarou.

Taila tem o esporte como parte de sua história. Com um marido triatleta e um pai que a apresentou ao muay thai ainda criança, a atleta do UFC não pratica só a luta. Modalidades como futebol, corrida e natação estão entre as preferidas da peso-mosca. E quem conhece a paixão da lutadora pelas atividades físicas não entende a razão de, no início da carreira no MMA, ela ter 'Trakinas' como apelido. Ela mesmo explica.

"É porque eu comia muita bolacha recheada Trakinas! (risos) Só treinando para queimar, senão, vivia com a cara igual uma Trakinas", brincou, em referência aos rostos redondos que davam formatos aos famosos biscoitos recheados. A rotina profissional, no entanto, deixou os tempos de má alimentação para trás. "Agora, eu virei um Club Social Integral (risos)", finalizou.