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Treinador de St-Pierre rebate McGregor após ser xingado: "Nada pessoal"

Ag. Fight

11/01/2019 15h29

Firas Zahabi, treinador de Georges St-Pierre, e o ex-campeão do UFC Conor McGregor continuam a trocar farpas publicamente. Tudo começou quando o técnico apostou na vitória de Max Holloway em uma hipotética revanche contra o irlandês. 'The Notorious', então, irritou-se com o comentário e provocou o instrutor, ao afirmar que ele "aluga dormitórios e aciona o timer" da academia para viver, além de chamá-lo de "jovem com medo de lutar" e "imbecil". E, nessa quinta-feira (10), o dono da 'Tristar Gym' rebateu o ex-detentor dos cinturões de duas categorias do Ultimate e explicou por que abandonou a carreira como lutador.

Em uma transmissão ao vivo no canal oficial de sua equipe, a Tristar, no YouTube, Zahabi agradeceu a audiência de McGregor e alegou que não havia nada pessoal na análise em que previu a vitória de Holloway sobre ele. Além disso, o treinador contou os motivos que o levaram a tomar um caminho diferente dos lutadores de MMA, estilo de vida que, de acordo com ele, "não é para qualquer um".

"Eu realmente aprecio você (Conor) nos ouvir, e quero que saiba que não era nada pessoal. (...) Conor McGregor recentemente tuitou para mim e perguntou por que eu não luto. Bem, aqui está minha resposta: eu estava lutando nos penas como amador. Fui para a universidade e me graduei. Por quê? Porque não havia dinheiro no MMA. Eu tinha amigos como Georges St-Pierre e David Loiseau lutando, e eles não estavam ganhando muito dinheiro. Logo no início, eles estavam ganhando muito pouco. Esse estilo de vida não é para qualquer um. (...) Algumas pessoas por aí tinham tanta paixão por lutar, elas amavam tanto que não se importavam. Eu não era um desses caras. (...) Mas algumas pessoas adoram tanto lutar que estão dispostas a desistir de sua educação, seus negócios, seu trabalho, suas coisas", explicou.

Firas ainda respondeu à provocação do irlandês e disse que não é ele quem aciona o timer da academia da qual é proprietário. O treinador também ressaltou que não possui interesse em luxos como carros esportivos, roupas de grife ou jóias - objetos que McGregor costuma ostentar nas redes sociais -, mas garantiu que tem uma vida confortável, adquirida através de "vários négocios que gerencia", como a Tristar.

"Eu não planejava ser treinador de artes marciais. No entanto, a vida me jogou uma bola curva e acabei como treinador de MMA. Descobri que eu tinha talento para isso. Os lutadores, quando eu os estava treinando por diversão, estavam ganhando e ganhando, e isso se tornou uma bola de neve. Hoje temos a academia Tristar. A propósito, eu não aciono o timer. Não que eu tenha algo contra isso, mas não faço isso. Eu trabalho para mim mesmo. Eu tenho vários negócios que gerencio. Então, isso é apenas uma pequena atualização para o Sr. McGregor, que é mal informado. Estou longe de ser pobre. Eu não possuo uma Lamborghini, mas eu não tenho nenhum interesse em possuir uma Lamborghini. Eu não tenho interesse em ternos caros ou jóias. Esses não são os tipos de coisas que me interessam", completou, de acordo com a transcrição do site 'Bloody Elbow'.

McGregor derrotou Holloway no octógono, em 2013, mas, de lá para cá, Max acumulou 13 vitórias consecutivas, que lhe renderam os títulos interino e, posteriormente, linear dos penas. Conor fez história ao conquistar cinturões em duas categorias do Ultimate simultaneamente, mas a última vitória do irlandês no octógono foi em 2016. De lá para cá, ele acumulou polêmicas, como um ataque ao ônibus do UFC, em abril do ano passado, além da participação na briga generalizada do evento em que foi superado por Khabib Nurmagomedov, em outubro de 2018.