Platini renunciará como presidente da Uefa no próximo congresso da entidade

Paris, 9 mai (EFE).- Michel Platini anunciou nesta segunda-feira que renunciará ao posto de presidente da Uefa no próximo congresso, após conhecer que a Corte Arbitral do Esporte (CAS) manteve a pena de inabilitação, embora tenha reduzido de seis para quatro anos.

"Renuncio das minhas funções de presidente da Uefa para poder continuar minha luta perante os tribunais suíços e demonstrar minha inocência neste assunto", explicou em comunicado Platini, pouco depois da divulgação da sentença do CAS.

Em comunicado emitido por seus advogados, Platini "apresentará sua demissão como presidente da Uefa -um cargo do qual já estava suspenso- no próximo congresso da organização", que deve ocorrer no dia 18 de maio.

Após o congresso da Uefa realizado no último dia 3 em Budapeste, a organização tinha indicado que o próximo "ordinário" iria ser realizado em Helsinque em 2017.

O francês manifestou "sua profunda decepção" pela sentença do CAS, sobretudo porque disse que sua defesa era respaldada por "vários professores de direito suíço".

A sanção, que inclui uma multa de 60 mil francos suíços (frente aos 80 mil que tinham sido impostos anteriormente) é porque o órgão disciplinar considerou que Platini infringiu o Código Ético da Fifa.

Uma infração relacionada com os dois milhões de francos suíços que recebeu da Fifa em 2011, um pagamento autorizado por Joseph Blatter, então presidente, por trabalhos realizados anos antes, segundo um acordo assinado por ambos em 1999.

Em uma primeira reação, o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graet, disse em declarações ao canal "BFM TV" lamentar a condenação de Platini, que segundo sua opinião "não merecia uma sanção tão forte".

"Estou muito triste por Michel (Platini)", afirmou Le Graet, que lembrou que o ex-jogador francês "é uma pessoa que ama o futebol, que ama o esporte".