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Nos EUA, Copa América realiza maior edição de sua história

01/06/2016 19h05

Gérard Soler.

Redação Central, 1 jun (EFE).- Torneio de seleções de futebol mais antigo do mundo, a Copa América será disputada pela primeira vez nos Estados Unidos com uma edição especial por ocasião de seu centenário que reunirá 16 seleções de Conmebol e Concacaf na maior edição de seus 100 anos de história.

Pela primeira vez desde 1916, quando foi disputada pela primeira vez, na Argentina e com apenas quatro participantes, a Copa América vai ser disputada fora da América do Sul, seu continente de origem. Os Estados Unidos serão a sede da edição especial de centenário, que terá pontapé inicial na próxima sexta-feira e final em 26 de junho.

Como se trata de uma edição comemorativa, os organizadores decidiram ampliar o número de participantes para 16 seleções, quatro a mais que o padrão desde 1993. Além do Brasil, pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) estarão Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Já pela Confederação das Américas do Norte e Central e do Caribe de Futebol (Concacaf), os representantes serão Costa Rica, Estados Unidos, Haiti, Jamaica, México e Panamá.

O inédito número de equipes obrigou o formato habitual da Copa América a ser modificado: serão quatro grupos, e só os dois primeiros de cada vão se classificar para as quartas de final.

A fase de grupos terá alguns confrontos com ares de revanche. É o caso, por exemplo, de Chile e Argentina, que medirão forças na primeira rodada do Grupo D na cidade de Santa Clara, na Califórnia, no dia 6 de junho. No ano passado, as duas seleções se enfrentaram na final da Copa América, e 'La Roja' levou a melhor nos pênaltis, conquistando o título em casa, no Estádio Nacional de Santiago.

No último duelo entre Chile e Argentina, no entanto, a 'Albiceleste', dirigida por Gerardo Martino, venceu por 2 a 1 no mesmo palco, mas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Protagonistas da final da Copa Ouro no ano passado, México e Jamaica também vão se enfrentar na fase de grupos. Pelo torneio da Concacaf, a 'Tri' derrotou os 'Reggae Boyz' por 3 a 1 e ficou com o troféu.

A singularidade da Copa América Centenário fará com que algumas seleções mudem seus uniformes habituais e estreiem edições especiais. A Colômbia, por exemplo, deixará de lado sua tradicional camisa amarela e usará uma de cor branca, em homenagem ao uniforme de sua primeira participação no torneio continental, em 1945. Já o Uruguai, embora tenha mantido a tradicional 'celeste', usa uma faixa preta entre os ombros.

A edição comemorativa do centenário será, como a Copa do Mundo de 1994, uma boa oportunidade para que o futebol ganhe força em um país onde corre atrás de protagonismo em meio à ampla predileção por beisebol, futebol americano e basquete. Por enquanto, ainda está longe da dimensão social e econômica destas modalidades, mas vem ganhando popularidade nos últimos anos.

Um exemplo disso é o fato de a Major League Soccer (MLS), principal liga de futebol dos EUA e cada vez mais competitiva, ter passado a atrair astros europeus e sul-americanos na reta final de suas carreiras, como Kaká, David Villa, Andrea Pirlo e Frank Lampard.

Outra expectativa para a Copa América é de que se torne a maior edição da história do torneio em presença de público e divulgação.

Kathy Carter, presidente da Soccer United Marketing, maior empresa promotora do futebol nos Estados Unidos, projetou em janeiro que serão vendidos de 1,5 milhão a 2 milhões de ingressos, mais do que o dobro da Copa América do ano passado.