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Seleção brasileira encara Copa América como chance de reencontrar bom futebol

01/06/2016 20h43

(Atualiza com corte de Kaká)



Rio de Janeiro, 1 jun (EFE).- A seleção brasileira chega para a disputa da Copa América desfalcada de Neymar e com a pressão de mostrar um futebol convincente, diante do risco de ausência na próxima Copa do Mundo devido ao desempenho ruim nas Eliminatórias.

Ainda assombrados pelo fantasma do 7 a 1 sofrido para a Alemanha nas semifinais do último Mundial, os pentacampeões decepcionaram na edição do ano passado do torneio continental, caindo nas quartas de final para o Paraguai, nos pênaltis, exatamente como na edição anterior, de 2011.

Na disputa por uma vaga na Copa do Mundo, a seleção também não empolgou. Depois de seis rodadas, os comandados por Dunga ocupam apenas a sexta colocação, com apenas nove pontos, fora da zona de classificação. Caso termine a fase qualificatória nesta posição, ficará fora de um Mundial pela primeira vez na história.

A edição comemorativa pelo centenário da Copa América poderá ser o primeiro passo para a recuperação da imagem da equipe e também na própria estrutura do time, apesar da ausência de Neymar.

O atacante do Barcelona ficou fora após acordo do clube com a CBF pelo qual ele só foi liberado para os Jogos Olímpicos, nos quais a seleção brasileira tentará conquistar a primeira medalha de ouro de sua história.

De última hora, Dunga ainda perdeu uma das grandes apostas para o setor ofensivo: Douglas Costa, cortado por lesão. Já no grupo de 23 convocados para a Copa América, o goleiro Éderson e o meia Rafinha também viraram desfalques por causa de problemas físicos.

Kaká, Marcelo Grohe e Lucas Moura, respectivamente, foram escolhidos como seus substitutos, mas o camisa 10 do Orlando City, com dores musculares, acabou cortado nesta quarta-feira, e Paulo Henrique Ganso foi chamado.

Willian, Phillipe Coutinho e Jonas despontaram na preparação como os prováveis integrantes do trio ofensivo da seleção no torneio, embora Gabriel tenha agradado no amistoso contra o Panamá, em que entrou para o rol dos jogadores que marcaram logo na estreia, junto com Pelé, Neymar e Rivaldo.

A grande expectativa, no entanto, é sobre quais jogadores de meio Dunga escalará, abrindo mão de volante mais marcadores. Contra os panamenhos, Elias, Renato Augusto e Willian, que foi recuado para a entrada de Hulk no ataque, atuaram juntos por parte do segundo tempo.

A Copa América ainda servirá para que alguns atletas que disputarão os Jogos Olímpicos ganhem experiência. É o caso dos laterais Fabinho e Douglas Santos, do zagueiro Marquinhos, do volante Rodrigo Caio e de Gabriel.

A estreia do Brasil na competição será neste sábado, contra o Equador, em Pasadena. Quatro dias depois, será a vez de encarar a seleção peruana, em Orlando. O encerramento da participação em 12 de junho, em duelo com o Haiti, em Seattle.

Nas quartas de final, mais um fantasma verde e amarelo pode tentar assombrar - um possível reencontro com o Paraguai, que seria o terceiro seguido na mesma fase do torneio. Em 2015 e 2011, os brasileiros cairam nos pênaltis, encerrando precocemente a participação no torneio.

A 'Albirroja' está no grupo A da Copa América, em que os classificados cruzarão com os integrantes da chave do Brasil, com líderes enfrentando os segundos colocados.