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Sharapova apresenta recurso à CAS contra suspensão por doping

14/06/2016 15h17

Redação Central, 14 jun (EFE).- A russa Maria Sharapova apresentou à Corte Arbitral do Esporte (CAS) um recurso contra a suspensão de dois anos imposta pela Federação Internacional de Tênis (ITF) pelo resultado positivo em exame de doping realizado no dia 26 de janeiro, durante a disputa do Aberto da Austrália.

De acorco com um comunicado da CAS, Sharapova já apresentou o pedido para que a punição seja anulada ou, como alternativa, reduzida. As partes optaram por um procedimento curto que permitirá que a entidade tome uma decisão até o dia 18 de julho.

Ainda não foi decidido se haverá uma audiência, como em outros casos, e a pedido das partes o CAS indica que o procedimento de arbitragem será confidencial e o tribunal não fará mais comentários sobre este assunto até anunciar a decisão.

Um tribunal independente considerou que Maria Sharapova incorreu em uma violação do código antidoping e, como consequência, a ITF invalidou os resultados obtidos pela tenista russa a partir de 26 de janeiro de 2016, data em que começa a suspensão de dois anos, segundo confirmou a ITF.

No comunicado divulgado pela entidade que rege o tênis mundial, é dito que na análise da amostra de urina recolhida após a partido de quartas de final do Aberto da Austrália, realizada em um laboratório credenciado pela WADA em Montreal, no Canadá, foi identificado Meldonium, um "modulador metabólico" que é fabricado na Letônia e aumenta o rendimento físico e mental.

Desde 1º de janeiro de 2016 o Meldonium figura na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (AMA) e pelo Programa Antidoping do Tênis.

Foi a própria tenista, vencedora de cinco títulos de Grand Slam, que em 7 de março anunciou em entrevista coletiva Los Angeles que recebeu o resultado positivo por carta no dia 2 do mesmo mês. Na ocasião, Sharapova afirmou que consumia Meldonium "há dez anos" e que desconhecia a recente proibição.

A russa assegurou então que tomou Meldonium durante dez anos para tratar uma série de problemas de saúde como gripes recorrentes ou eletrocardiogramas irregulares. Além disso, fez exames de diabetes, doença que afeta sua família.

A tenista insistiu que não sabia que desde o dia 1º de janeiro o Meldonium tinha sido proibido pela WADA, mas assumiu que teria "que enfrentar as consequências".