Berlusconi diz que venda do Milan foi um "ato de amor" ao clube
O magnata italiano Silvio Berlusconi afirmou nesta quinta-feira que a venda do Milan a um grupo de investidores chineses é um "ato de amor" e ressaltou que os novos donos têm intenção de manter o clube entre os melhores do mundo.
"Há 30 anos, comprei o Milan por amor. Hoje, vendo o clube num ato de amor ainda maior. Confio a equipe a um grupo que tem os recursos necessários e vontade de investir para fazer com que ele possa disputar novamente com os maiores clubes do mundo", disse.
O empresário e ex-primeiro-ministro da Itália disse estar "naturalmente comovido e sentido" pela venda do clube "rossonero", mas "sereno", graças à "convicção de ter agido mais uma vez pelo bem do Milan".
Berlusconi disse levar "lembranças extraordinárias e únicas" dos anos como proprietário da equipe.
"Tive o privilégio de dirigir o clube que amo até transformá-lo no mais vencedor do mundo", destacou.
"Agradeço aos grandes jogadores, treinadores e dirigentes que passaram por aqui. Muitos deles entraram para sempre para a história do futebol, para a qual demos nossa contribuição com vitórias extraordinárias na Itália, na Europa e no mundo", disse.
Berlusconi também enviou uma mensagem para os torcedores do Milan. Ele disse que "a paixão de milhões de pessoas pelas cores vermelha e preta foi determinante para tornar a equipe especial, diferente do resto, mais forte que o resto, mais forte que a injustiça, mais forte que o azar".
"Estarei com eles nas arquibancadas para comemorar e, talvez, sofrer. Mas tenho certeza de que em breve festejaremos juntos as novas grandes conquistas com as quais o Milan honrará sua enorme tradição", prometeu o ex-dirigente.
Prestes a completar 80 anos, Berlusconi oficializou no último dia 5 de agosto a venda da fatia de 99,93% que possui do clube para um grupo de investidores chineses em troca de 740 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões).
Entre outras conquistas, o Milan acumula em sua história títulos como 18 "scudettos" (títulos da liga italiana), sete "Champions", cinco Taças da Itália e seis Supercopas da Itália, apesar de ter apresentado maus resultados nos últimos anos
Uma das provas disso é que, desde 2013, passaram pelo clube seis treinadores diferentes. Na última temporada, o Milan encerrou a temporada italiana na frustrante sétima colocação da Série A.
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