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CAS julgará recuro de Sharapova após punição por doping nesta terça-feira

Kevork Djansezian/Getty Images/AFP
Imagem: Kevork Djansezian/Getty Images/AFP

Da EFE

03/10/2016 13h44

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) irá decidir nesta terça-feira o caso da russa Maria Sharapova, punida com dois anos de suspensão pela Federação Internacional de Tênis (ITF) pelo consumo da substância meldonium.

A ex-número um do mundo testou positivo em um exame realizado no dia 26 de janeiro deste ano, quando disputava o Aberto da Austrália. A análise da amostra de urina que foi colhida depois da partida das quartas de final, quando Sharapova perdeu para americana Serena Williams apresentou traços de meldonium, segundo o laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) no Canadá.

Sharapova tomava o remédio, comercializado na Letônia com o nome de Mildronate há dez anos. A Wada tinha o incluído na lista de substâncias proibidas após observar que era muito popular entre os atletas do região leste da Europa.

Um laboratório de Colônia encontrou meldonium na urina de mais de cem atletas russos, e a Wada anunciou com meses de antecedência que o meldonium estaria proibido a partir de 2016. A substância foi incluída na categoria de moduladores hormonais vetados pelo órgão.

"O meldonium ajuda na recuperação após o exercício, protege contra o estresse e melhora a ativação do sistema nervoso central", disseram os especialistas do laboratório de Colônia.

Sharapova, em entrevista coletiva realizada em 7 de março em Los Angeles, assumiu a responsabilidade, mas disse não saber que a substância tinha sido vetada. Por isso, decidiu entrar com um recurso contra sua suspensão na CAS.

"Foi um grande erro. Sei que tenho que enfrentar as consequências", disse Sharapova na época, explicando que tomava meldonium para tratar problemas de saúde como gripes recorrentes e eletrocardiogramas irregulares.

A punição começou a valer imediatamente e termina em 25 de janeiro de 2018, quando a tenista terá 31 anos. "Não quero terminar minha carreira com uma suspensão por doping. Minha esperança é que eu possa ter uma segunda oportunidade e voltar a competir", disse.

"O tribunal, cujos membros foram selecionados pela ITF, concordaram que eu não tinha feito nada intencionalmente mal. Mesmo assim, buscaram me deixar longe do tênis por dois anos", disse Sharapova no Facebook, criticando duramente a federação.

"Gastaram uma grande quantidade de tempo e de recursos econômicos para tentar provar que violei intencionalmente as regras antidoping, apesar de o tribunal ter concluído que não fiz isso", afirmou.