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Murray estreia liderança nas Finais da ATP em edição de ausências importantes

12/11/2016 17h04

Jorge Peris.

Londres, 12 nov (EFE).- O britânico Andy Murray estreará no posto de número 1 do mundo nas Finais da ATP, torneio que reúne a partir de domingo em Londres os oito melhores tenistas do circuito, e que neste ano será marcado pelas ausências do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael Nadal.

A competição, disputada pelo oitavo ano consecutivo na Arena O2, entre os dias 13 e 20 de novembro, dará a Murray, o ídolo local, a oportunidade de coroar com o título uma temporada dos sonhos, na qual conquistou Wimbledon e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, além de ter chegado à liderança do ranking da ATP.

O tenista de Dunblane, na Escócia, levantou sete troféus em 2016: Wimbledon, os Masters 1000 de Roma, Xangai e Paris, e os ATP 500 de Queen's, Pequim e Viena. Em ótima fase, Murray chega confiante para vencer as Finais da ATP pela primeira vez após sete participações.

"Venho fazendo o melhor ano da minha carreira e me sinto mais preparado do que nas últimas temporadas. Em 2015 foi difícil porque me preparei para o torneio jogando no saibro (devido à final da Copa Davis na Bélgica)", disse Murray em entrevista coletiva.

O escocês competirá no grupo John McEnroe, junto ao suíço Stan Wawrinka, vencedor do US Open, ao japonês Kei Nishikori e ao croata Marin Cilic.

O rival a ser batido na capital britânica será o sérvio Novak Djokovic, campeão das últimas quatro edições e que perdeu o número 1 do ranking após cair de rendimento após a metade da temporada.

"Tive quatro anos fantásticos aqui e acredito que conseguirei manter esses resultados que tive", analisou o sérvio, que nas finais bateu três vezes Roger Federer (2012, 2014 e 2015) e uma Rafael Nadal (2013).

Em 2016, o tenista de Belgrado esteve imparável durante a primeira metade da temporada, na qual conquistou sete títulos: Aberto da Austrália, Roland Garros, os Masters 1000 de Indian Wells, Miami, Madri e Toronto, e o ATP 250 de Doha.

"Em linhas gerais, estou orgulhoso do meu ano e agora chego a Londres para coroar a temporada da melhor forma possível", afirmou Djokovic.

O sérvio competirá no grupo Ivan Lendl, no qual também estão o canadense Milos Raonic e os dois estreantes deste ano: o francês Gael Monfils e o austríaco Dominic Thiem, números seis e nove do mundo, respectivamente.

Contra os três rivais, Djokovic não perdeu um set sequer e combina um demolidor histórico de 23 vitórias e nenhuma derrota, o que o coloca automaticamente como favorito a liderar o grupo e avançar às semifinais.

O torneio definirá quem terminará o ano como número 1: a disputa é entre Murray e Djokovic, e os ambos dependem de si mesmos. Se Murray levar o título, independentemente de seus resultados na primeira fase, iniciará 2017 no topo do ranking.

Já o sérvio, que estreia neste domingo contra Dominic Thiem, não pode perder no 'todos contra todos' e está obrigado a vencer os cinco jogos para recuperar a coroa.

O Masters terá duas ausências de destaque: a do suíço Roger Federer, que está afastado das quadras desde as semifinais de Wimbledon e que aparece na 16ª posição do ranking - a mais baixa desde junho de 2001 -, e a do espanhol Rafael Nadal, que decidiu não jogar a última parte da temporada para se recuperar de uma lesão no punho.

Federer é o homem dos recordes no torneio, já que disputou as ultimas 14 edições, é o jogador com mais títulos (6), mais finais (10), mais partidas disputadas (64), mais vitórias (52) e mais edições disputadas (14), além de ser o campeão mais veterano.

Atuarão como reservas na edição deste ano o belga David Goffin e o espanhol Roberto Bautista Agut.