COI prolonga punições contra a Rússia por doping

Moscou, 7 dez (EFE).- O Comitê Olímpico Internacional (COI) aumentou nesta quarta-feira a duração das punições por doping de Estado contra Rússia e antecipou que a segunda parte do relatório McLaren, encomendado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), será apresentado na próxima sexta-feira.

O órgão executivo do COI decidiu prolongar as medidas provisórias, adotadas em 19 de julho e vigentes até o final deste ano, até novo aviso, segundo comunicado emitido pelo comitê.

Por isso, o COI não organizará nem apoiará nenhuma competição em território russo e pediu às federações de esportes de inverno que suspendam os preparativos para a realização de torneios ou grandes campeonatos na Rússia e busquem sedes alternativas.

A nota lembra que as alegações incluídas no Relatório McLaren são um ataque fundamental contra a integridade do COI e adianta que adotará "medidas apropriadas e sanções" relacionadas com os Jogos Olímpicos em caso de necessidade.

Essas medidas incluem a desclassificação de atletas e a exclusão dos funcionários envolvidos dos Jogos, além de que as federações internacionais podem adotar punições similares contra desportistas e federações nacionais.

Por isso, o COI ordenou a criação de duas comissões, a primeira das quais será encarregada de investigar o suposto sistema russo de doping de Estado, em particular durante os Jogos de Inverno de Sochi, em 2014, nos quais a Rússia liderou surpreendentemente o quadro de medalhas.

Além disso, uma comissão disciplinar estudará as acusações de manipulação de amostras em relação a todos os atletas russos que competiram em Sochi, que serão revisadas uma a uma para demonstrar se houve doping e se foram alteradas.